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Novembro termina com plantio quase concluído, preços estáveis e mercado lento

O mercado brasileiro de soja apresentou em novembro estabilidade nos preços e uma comercialização pouco ativa. Esse cenário refletiu a oscilação entre o dólar e os contratos futuros em Chicago, que seguiram direções opostas. Com isso, muitos produtores optaram por focar nos trabalhos de campo, deixando as vendas em segundo plano.

Como resultado, a safra 2024/25 está praticamente semeada nos principais estados produtores, superando atrasos iniciais causados pela seca prolongada no Centro-Oeste. O retorno das chuvas em outubro e novembro foi essencial para impulsionar o plantio, que, em alguns estados, atingiu índices históricos.

Mato Grosso, líder nacional em produção, concluiu 100% do plantio da área estimada até 29 de novembro, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A produção estadual está projetada em 44,04 milhões de toneladas, com 38,35% já comercializados, frente aos 31,69% no mesmo período da safra anterior. A colheita deve ganhar ritmo em fevereiro de 2025, com oferta reduzida em janeiro.

No Paraná, segundo maior produtor, 99% da área prevista de 5,77 milhões de hectares foi plantada. Apesar do avanço, as condições das lavouras pioraram devido à irregularidade climática, especialmente nas regiões de Londrina, Cascavel e Umuarama. A estimativa de produção para o estado é de 22,3 milhões de toneladas.

No Rio Grande do Sul, o plantio alcançou 64% da área projetada de 6,81 milhões de hectares, conforme dados da Emater-RS. Embora superior ao índice do mesmo período da safra passada (46%), o ritmo ainda é inferior à média histórica de 70%. A produção no estado está estimada em 21,65 milhões de toneladas. Chuvas intensas são esperadas nos próximos dias, especialmente no norte e no centro do estado.

Goiás avançou no plantio, atingindo 87% da área prevista até 24 de novembro, segundo a Conab. O estado deve alcançar uma produção de 18,8 milhões de toneladas. Já em Mato Grosso do Sul, a semeadura chegou a 95,3% até 22 de novembro, com condições majoritariamente boas em todas as regiões. A área plantada é de cerca de 4,2 milhões de hectares.

Nas regiões sudoeste, oeste, nordeste, norte, centro, sudeste, o plantio está entre 93,3% e 98,6%.

MERCADO – Os preços da soja em novembro variaram pouco no mercado interno. Em Passo Fundo (RS), o valor subiu de R$ 134,00 para R$ 135,00; em Cascavel (PR), de R$ 139,00 para R$ 140,00; em Rondonópolis (MT), houve queda de R$ 149,00 para R$ 143,00; e em Paranaguá (PR), os preços permaneceram estáveis em R$ 144,00.

No mercado internacional, os contratos da soja para janeiro na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registraram queda de 0,58%, fechando a US$ 9,88 ¾ por bushel. A colheita recorde dos Estados Unidos, que ultrapassou 120 milhões de toneladas, aliada ao bom desempenho das lavouras no Brasil e na Argentina, pressionou os preços globais.

A produção brasileira de soja para a safra 2024/25 é projetada em 171,78 milhões de toneladas, um aumento de 12,8% em relação à safra anterior. O aumento reflete a ampliação da área cultivada e a recuperação climática em regiões afetadas pela seca no ciclo anterior.

A competitividade no mercado internacional permanece em destaque. A possibilidade de mudanças nas políticas comerciais dos Estados Unidos, incluindo possíveis tensões comerciais com a China, pode beneficiar o Brasil, principal fornecedor alternativo para o mercado chinês.

Pensar Agro

Safra de soja avança com clima favorável

O plantio da soja para a safra 2024/2025 no oeste da Bahia já alcançou 19,8% da área estimada, com 420 mil hectares semeados, segundo dados da Associação de Agricultores e Irrigantes do Oeste da Bahia (Aiba). As condições climáticas favoráveis e a distribuição adequada de chuvas nas microrregiões têm impulsionado esse avanço, permitindo que os agricultores iniciem a semeadura com um ritmo acelerado.

A expectativa é otimista: a área total projetada para a safra é de 2,129 milhões de hectares, com uma produção estimada em 8,558 milhões de toneladas de soja. As previsões meteorológicas para as próximas semanas indicam que o clima deve continuar favorável, o que pode acelerar ainda mais o plantio.

Entretanto, a comercialização da safra anterior também mostra números significativos, com 95% da produção da safra 2023/2024 já negociada. Para a nova safra, 29% da produção já foi comercializada, o que demonstra um bom dinamismo no mercado.

Apesar dos dados positivos, a Aiba alerta para a presença de percevejos barriga-verde e larvas minadoras nas lavouras, que são preocupações constantes para os produtores. O monitoramento fitossanitário se torna essencial para garantir a saúde das plantações e o sucesso da safra.

De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas na Bahia deve totalizar 11,3 milhões de toneladas, representando uma queda de 6,8% em comparação à safra anterior. Para o ciclo 2024/2025, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um aumento na produção e na produtividade, destacando a soja e o milho como os principais grãos deste novo ciclo.

Embora a área plantada e colhida esteja estimada em 3,54 milhões de hectares, a produtividade média esperada (3,20 toneladas por hectare) é 7,0% inferior à da safra anterior. A colheita de soja pode alcançar 7,53 milhões de toneladas, refletindo uma leve queda de 0,4% em relação a 2023.

Os desafios climáticos, especialmente o fenômeno El Niño, têm sido um fator negativo, prejudicando diversas regiões produtoras do estado. Enquanto a soja e o milho enfrentam uma perspectiva de produção reduzida, o algodão se destaca como uma exceção, com a expectativa de um novo recorde de produção, mesmo diante das dificuldades.

Assim, enquanto os agricultores se mostram resilientes e adaptáveis, a realidade do campo é uma mistura de otimismo cauteloso e desafios persistentes. O sucesso da safra dependerá não apenas das condições climáticas, mas também da capacidade de os produtores lidarem com as pragas e de manterem a saúde de suas lavouras.

Pensar Agro

Governador sanciona lei que retira incentivos fiscais de empresas que aderirem à moratória da soja

A moratória impede a comercialização da soja produzida em áreas abertas legalmente em Mato Grosso desde 2008

O governador Mauro Mendes irá sancionar o projeto de lei estadual nº 2256/2023, que restringe a concessão de benefícios fiscais a empresas que aderirem à moratória da soja no estado. 

A sanção do projeto de lei será publicada no Diário Oficial do Estado na próxima segunda-feira (21.10).

A informação foi confirmada em entrevista ao programa Hora do Agro, da Jovem Pan News.

Para o governador Mauro Mendes, a sanção da lei representa um avanço para a produção em Mato Grosso. 

“A Assembleia aprovou, e nós, como governo, vamos sancioná-la. Espero que, como consequência prática, essas empresas revejam suas posições no Brasil e respeitem a lei brasileira, e não se atenham a uma regra não prevista na legislação brasileira como forma de pressionar o mercado e, consequentemente, afetar a compra de produtos do agronegócio de Mato Grosso”, disse.

A moratória da soja é um acordo de 2006 firmado entre algumas empresas exportadoras, que veda a compra de soja plantada em áreas desmatadas da Amazônia, ainda que o desmate tenha ocorrido dentro da lei. 

Mauro afirmou que o acordo desrespeita a lei brasileira, os cidadãos e os produtores.

“Há um ano o governo de Mato Grosso alertou que, caso as sanções contra o mercado e os produtos do estado persistissem, adotaria medidas recíprocas. Apesar de inúmeros diálogos e conversas nesse período, a suspensão dos mecanismos da moratória não resultou em ações práticas”, explicou.

O governador ainda enfatizou que o Brasil tem a legislação ambiental mais restritiva do mundo e que Mato Grosso cumpre rigorosamente o Código Florestal.

“No bioma Amazônico, o proprietário de terras pode usar apenas 20% da área, sendo obrigatório preservar os 80% restantes. A maioria dos produtores apoia a aplicação da lei, reconhecendo que o desmatamento ilegal prejudica o meio ambiente, a imagem do país e do estado, e impacta negativamente o agronegócio”, completou.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso – Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, parabenizou a decisão do governador e destacou a importância da medida.

“Essa decisão do governador Mauro, alinhada com o que ele sempre defendeu, representa um marco para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso. Trata-se de uma medida justa que corrige uma distorção que se arrastava desde 2009, quando mais de 250 mil hectares foram desmatados ilegalmente, impactando o meio ambiente e prejudicando o desenvolvimento de diversos municípios”, declarou.

Lucas Rodrigues | Secom-MT

Poucos movimentos para a soja nesta semana

No mercado da soja dos Estados Unidos, os preços seguem se valorizando, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “No estado, as indicações de preços para a soja no porto (em seu melhor momento) são: Junho: R$ 139,00 para entrega em junho e pagamento em 28/06; Julho: R$ 141,00 para entrega em julho e pagamento no final do mês. Já no mercado interno, os preços seguiram o balizamento de cada região: Cruz Alta: R$ 133,00, com pagamento no início de julho”, comenta.

Preços sem movimento e negócios parados em Santa Catarina. “Em Santa Catarina, os preços da soja marcam queda, dessa forma os negócios também continuam na mesma. O mercado segue sendo bastante influenciado pelo contexto internacional, mas não marca diferenciação no escoamento. O preço no porto foi de R$ 138,50, Chapecó a R$ 116,00”, completa a consultoria.

Mercado lento no Paraná, com poucos movimentos de preços. “Nesta situação atual, mesmo diante de altas expressivas, não se vê muita disposição por parte do produtor em realizar negócios. Os produtores observam o contexto geral e acreditam que há chance de alcançar melhores valores em um futuro próximo. Dessa forma, mesmo quando ocorrem negociações, são volumes relativamente baixos, com cerca de 5.000 toneladas sendo transacionadas, o que é considerado pouco”, indica.

Os preços voltam a cair sem negócios sendo efetuados no Mato Grosso do Sul. “Segundo informações locais, a comercialização da soja no estado já alcançou mais de 75% do total produzido. Essa expressiva atividade de vendas reflete a boa capitalização dos produtores, que não se encontram sob pressão para realizar negócios de forma acelerada. Dourados: R$ 124,50 (-3,50). Campo Grande: R$ 125,00 (-1,00)”, informa.

Enquanto isso, os negócios seguem devagar no Mato Grosso. “O mercado tem mostrado algumas dificuldades apesar das altas expressivas no dólar. Essas dificuldades ocorrem em virtude da modificação da direção da demanda chinesa, que cresce, mas se mostra direcionada aos Estados Unidos e não ao Brasil, como se seria esperado”, conclui.

Agência da Notícia com Agrolink

Atraso no plantio da soja em MT devido a falta de chuva já impacta preços das forrageiras

O plantio de soja da safra 2023/2024 em Mato Grosso alcançou 60% no dia 20 de outubro, um atraso de quase 7% em relação à safra passada. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Isso se deve à irregularidade da chuva no estado, o que deve impactar na segunda safra do milho.

“A semeadura da soja está atrasada pelo fator clima. As chuvas estão realmente muito irregulares. Na maioria das regiões não caíram volumes suficientes ainda para dar início ao plantio. Então o clima está comprometendo essa abertura de plantio” disse o vice-coordenador da Comissão de Defesa Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Jorge Diego Giacomelli.

“A segunda safra que seria milho, ela depende de uma janela ideal também e como você já atrasa na soja, você vai colher a oleaginosa mais tarde. Se conseguir plantar esse milho, já não vai plantar numa janela ideal, o que pode afetar a produtividade lá na frente e não entregar os resultados que o produtor estava esperando “, completou.

Segundo o Imea, Mato Grosso deve colher 43,78 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024, um milhão a menos que na safra passada. A oleaginosa deve ser plantada em uma área de 12 milhões de hectares. A produtividade deve ser de 59,7 sacas por hectare.

Alta no preço das forrageiras

A falta de chuvas no cerrado e o excesso delas no Sul do país já causa alta no preço de sementes de forrageiras. Isso acontece devido ao aquecimento na demanda diante da possibilidade de muitos agricultores optarem pelo plantio destas culturas de cobertura na época de fim das chuvas de forma a evitar riscos do milho tardio na safrinha.

“Já notamos alta no preço de sementes de brachiaria Ruziziensis, que quase dobrou nos últimos meses. Embora o plantio comece apenas em janeiro, os distribuidores e grandes produtores de grãos já começam a se movimentar”, afirma o CEO da Wolf Sementes, Alex Wolf.

Ele avalia, entretanto, que a alta nos preços de cultivares convencionais deixa mais atrativo o uso de produtos mais modernos e eficientes. Este é o caso do mix de sementes com 50% de Brachiaria híbrida Mavuno e 50% da tradicional Ruziziensis.

“Mavuno exige um investimento um pouco maior mas também produz 170% mais forragem do que a Ruziziensis, além de vantagens importantes para a agricultura como aumento da capacidade de retenção da água no solo devido seu sistema radicular mais robusto”, explica Wolf. “Com o aumento de preço das Ruziziensis, por exemplo, a opção por Mavuno fica ainda mais vantajosa para o agricultor”, calcula o executivo.

O Documento

Volume menor de chuvas e onda de calor atrapalham ritmo do plantio de soja em Mato Grosso

A semeadura da soja da safra 2023/2024 alcançou 4,19% das áreas previstas, avanço de 2,37% no comparativo semanal, já que o plantio foi autorizado a partir de 16 de setembro.

“Apesar da evolução, é importante ressaltar que foram observados menores volumes de chuvas em relação ao ano passado em vários municípios do estado que, somados às altas temperaturas vistas na última semana, fizeram com que o ritmo da semeadura em Mato Grosso fosse limitado”, destacou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu boletim sobre a soja.

Os trabalhos a campo estão 2,10% mais lento do que no mesmo período do ano passado. Dentre as regiões, a oeste é a mais adiantada em relação às demais, com 11,02% das áreas previstas finalizadas.

Segundo os dados do satélite NOAA, nos próximos 15 dias a maior parte do estado poderá receber volumes de chuvas de 5 a 15 mm, o que pode auxiliar o ritmo dos trabalhos a campo.

No entanto, as atenções seguem em relação a distribuição das precipitações e nos volumes de chuvas no estado, que ainda estão aquém do necessário em algumas regiões.

Irrigação

O Governo de Mato Grosso tem buscado alternativas ao cenário de chuvas irregulares. Dentre elas, ele requisitou recursos junto ao Orçamento da União para investimentos em irrigação, bem como patrocina um estudo sobre o potencial de áreas irrigáveis no Estado.

A mudança no regime de chuvas no Estado pode prejudicar a segunda safra, que inicia geralmente em março após a colheita da soja, a principal cultura do Estado. Conforme o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e consultor do Instituto Mato-grossense de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (Imafir), Everardo Montovani, o regime de chuvas em Mato Grosso tem reduzido desde o ano 2000. O volume de 200 mm reduziu para 180 mm.

“Menos do que 180 mm indica a perda total ou quase total da segunda safra e as projeções futuras são de um volume ainda menor. Se isso permanecer, vamos voltar a ter safra única. A expansão da irrigação sujeita à disponibilidade hídrica. Dois milhões de hectares são necessários para contrapor o cenário chuvoso de redução da produtividade da 2ª safra. Já os 12 milhões de hectares irrigados permitem o cultivo duplo independentemente da duração da futura estação chuvosa”, alertou o pesquisador.

O Documento

Mais de um terço da produção nacional de grãos saiu de Mato Grosso

A produção ficou 16,8% maior que o saldo – até então recorde – do ciclo passado, quando totalizou 86,48 milhões t

A safra 2022/23 está consolidada e pelo 12º ano consecutivo, e Mato Grosso segue liderando a produção nacional de grãos e fibra e supera seus próprios recordes.

Conforme a última edição do levantamento mensal deste ciclo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – divulgado na quarta-feira (6) –, o Estado oferta 100,97 milhões de toneladas) e fecha a temporada respondendo, sozinho, por 31,36% da oferta brasileira, pouco mais de um terço.

A produção mato-grossense dessa safra ficou 16,8% maior que o saldo – até então recorde – do ciclo passado, quando totalizou 86,48 milhões t.

Em paralelo, a expansão de área plantada cresceu anualmente, 10,3%, passando a 21,21 milhões de hectares (ha).

O maior ganho anual vem do algodão, expansão de 27,3%, quando comparado à safra passada.

Mais em volume, o milho segunda safra se tornou protagonista do agro mato-grossense, ao superar a produção de soja e ofertar 50,73 milhões t.

O milho, aliás, é um capítulo à parte nessa safra. O cereal superou seu próprio recorde no Estado.

Cresceu 23,4% de uma safra a outra, passando de 41,10 milhões t para atuais 50,73 milhões t.

No cenário nacional, essa cultura de segunda safra tradicional em Mato Grosso, representa quase 50% de tudo que o País produziu na safrinha: 102,16 milhões de toneçadas.

Assim como no algodão, as condições climáticas, juntamente com todo investimento realizado pelos produtores nas duas culturas, surtiram em ganhos expressivos de produtividade.

No caso do milho, enquanto a área plantada – também recorde – cresceu 13,6%, atingindo 7,36 milhões ha, a oferta final ficou 23,4% maior.

Em relação à soja – cuja safra está consolidada desde o fim da colheita, em abril – a safra terminou com uma oferta de 45,60 milhões t, 9,9% acima do saldo de 41,49 milhões t do ano passado.

Em área a expansão resultou em superfície recorde, 12 milhões ha, 8,8% acima do ciclo passado.

BRASIL

A safra de grãos no ciclo 2022/23 também fechou com recorde: 322,8 milhões t.

O volume representa um crescimento de 18,4%, o que corresponde a 50,1 milhões de toneladas colhidas a mais sobre a temporada anterior.

O resultado é reflexo tanto de uma maior área plantada, chegando a 78,5 milhões de hectares, como também de uma melhor produtividade média registrada, saindo de 3.656 kg/ha para 4.111 kg/ha.

“Os dados que hoje divulgamos consolidam a estimativa recorde de produção da história brasileira: são 322,8 milhões de toneladas de grãos, o que representa um aumento de 50,1 milhões de toneladas de grãos a mais do que na safra passada”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.

“Nos primeiros dados divulgados pela Conab, a previsão de safra era de 312,4 milhões de toneladas, e encerramos o ciclo com 322,8 milhões de toneladas. Uma diferença de 3,3% ou pouco mais de 10 milhões de toneladas. Isso mostra o avanço metodológico da Conab, que tem responsabilidade com os dados públicos”, ressalta.

Nesta temporada, a soja apresentou recuperação de produtividade no Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Já no Rio Grande do Sul, também houve melhora no desempenho das lavouras, porém limitado devido às condições climáticas não favoráveis durante o desenvolvimento da oleaginosa.

“Nesta temporada, os efeitos do La Niña se concentraram no estado gaúcho, mas ainda assim em menor escala que no ciclo anterior.

Já nos demais estados, o clima se mostrou bastante favorável, mesmo com alguns atrasos verificados no período da semeadura e da colheita”, analisa o gerente de Acompanhamento de Safras, Fabiano Vasconcellos.

Diante do cenário favorável, a produção de soja no País na safra 2022/23 é de um novo recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas, crescimento de 23,2%.

Para o milho também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica.

No somatório das 3 safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas do obtido no ciclo anterior.

Na primeira safra do grão, a produção somou 27,4 milhões de toneladas, enquanto que para a segunda safra, a previsão aponta para um volume de 102,2 milhões de toneladas.

De acordo com o Progresso de Safra, divulgado nesta semana pela Companhia, cerca de 89% da área semeada já estavam colhidos.

Para a terceira safra, a produção estimada é de 2,33 milhões de toneladas.

“Porém, a redução nas precipitações ocorridas em julho e agosto, restringiu o potencial produtivo em grande parte das regiões produtoras”, observa Vasconcellos. 

Importantes produtos para a mesa do brasileiro, o arroz e feijão apresentam cenários distintos.

No caso dos dois produtos houve redução de área de plantio devido à concorrência com outras culturas na época mais rentáveis.

No entanto, para o arroz, a melhora da produtividade não foi suficiente para compensar a menor área resultando numa queda de produção de 6,9%, chegando a 10 milhões de toneladas.

Já para a leguminosa, o bom desempenho das lavouras, assegura uma colheita total de 3,04 milhões de toneladas, 1,7% acima do resultado da safra anterior.

Dentre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no País, situando-se em 3,45 milhões de hectares e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas, 2,5% acima da obtida na safra anterior.

MERCADO

Os bons resultados da safra brasileira colocam o Brasil como o principal exportador de soja e milho na safra 2022/23.

Para a oleaginosa, é esperado que o volume exportado chegue a 96,95 milhões de toneladas do grão.

Já para o cereal, a estimativa da Companhia aponta para embarques em torno de 50 milhões de toneladas, ultrapassando as exportações norte-americanas.

O bom cenário para as vendas ao mercado internacional é verificado também para farelo e óleo de soja, com exportações estimadas em 21,82 milhões de toneladas e 2,6 milhões de toneladas respectivamente.

Para o algodão, a produção recorde da pluma permite uma recomposição nos estoques finais na ordem de 59%, atingindo 2,1 mil toneladas.

As exportações podem atingir 1,7 milhão de toneladas nesta safra.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em agosto de 2023 foram exportadas 104,3 mil toneladas de algodão, o segundo melhor desempenho para o mês na série histórica, superando em 66,1% o mesmo período do ano passado.

Assessoria

Diário de Cuiabá

Com 44,3 milhões de toneladas na atual safra, Mato Grosso se torna o 3º maior produtor de soja do mundo

Mato Grosso tem se consolidado na liderança de produção de soja no Brasil, atingindo novos recordes a cada safra e figurando entre os principais produtores mundiais do grão. Se fosse um país, Mato Grosso seria o terceiro no ranking global.

Estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta semana, aponta a produção de 44,3 milhões de toneladas de soja na safra 2022/23, o que representa cerca de 30% da produção total do Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve produzir 151,4 milhões de toneladas.

Atualmente, o ranking de maiores produtores de soja conta com os Estados Unidos na segunda posição, com produção estimada em 121 milhões de toneladas para 2022/23, e Argentina em terceiro lugar, com a projeção de produção de 33,5 milhões de toneladas do grão. Entretanto, se Mato Grosso entrasse na lista como um país, as posições seriam alteradas.

“A participação de Mato Grosso na produção do Brasil é tanta que, se fôssemos um país e tirássemos a produção do Estado da conta nacional, o Brasil passaria a ser o segundo maior produtor mundial, perdendo para os Estados Unidos”, observa o secretário adjunto de Agronegócio e Investimentos, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Anderson Lombardi.

A Argentina, por sua vez, cairia para o quarto lugar no levantamento. Isso porque a estimativa de produção mato-grossense é 32% maior do que a da Argentina, que projeta uma safra de 34,5 milhões de toneladas.

A coordenadora de Inteligência de Mercado do Imea, Monique Kempa, explica que são diversos os fatores para o aumento na produção mato-grossense, dentre eles está o aumento de produtividade por hectare, com um cenário favorável de chuvas no período de plantio.

“O produtor está conseguindo colher mais sacas por hectare, é uma produtividade recorde de 61,59 sacas por hectare, e temos cada vez mais área plantada em Mato Grosso. Isso por conta da valorização dos preços dos últimos anos, que tem motivado o produtor a ampliar a área plantada, e a tendência é que isso continue crescendo”, avalia.

Monique ainda pondera que a estimativa de produção de 44 milhões de toneladas de soja para a safra 2023/22 ainda pode ser ampliada até o fim do período de colheita, que, atualmente, está em cerca de 90% da produção. Já a projeção do Imea para produção nos próximos 10 anos é que, até 2032, o Estado de Mato Grosso plante 16,5 milhões de hectares de soja.

O secretário adjunto da Sedec, Anderson Lombardi, observa que o Governo de Mato Grosso tem estimulado o crescimento da produção agrícola por meio de pesquisas, fomento ao armazenamento de grãos, a novas culturas, e através de incentivos fiscais e de investimentos em infraestrutura e logística, como a implantação da primeira ferrovia estadual do país, e a construção da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres.

“A produção mato-grossense já é muito expressiva e em pouco tempo seremos responsáveis por grande parte da alimentação do mundo, sem dúvida. A base da ração animal são os grãos, sendo, principalmente, milho e soja, e o Governo de Mato Grosso tem incentivado que a produção continue crescendo”, finaliza.

O Documento

Plantio de soja em Mato Grosso deve iniciar em 16 de setembro

O calendário de plantio de soja em Mato Grosso será de 16 de setembro de 2022 a 03 de fevereiro de 2023, conforme a Portaria SDA 607 de 21 de junho de 2022, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, referente à safra 2022/2023.

A medida atende ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja Phakopsora pachyrhizi (PNCFS), que estabelece o período de vazio sanitário para controlar o desenvolvimento do fungo causador da ferrugem asiática e racionalizar o número de aplicações de fungicidas. 

“A semeadura da soja somente é permitida dentro do período do calendário de plantio, e a fiscalização do cumprimento da medida fica a cargo dos fiscais e agentes do Indea”, alertou o diretor técnico, Renan Tomazele.

Vazio sanitário

Os fiscais e agentes do Indea estão atentos em relação ao cumprimento do período de vazio sanitário no Estado, período em que é proibida a presença de plantas vivas de soja, guaxas ou cultivadas, no território mato-grossense. A proibição iniciou em 15 de junho e segue até 15 de setembro.

Em 2021 foram realizadas 6.398 fiscalizações em propriedades, durante o vazio sanitário da soja. A ação alcançou 121 municípios do Estado. Ao todo, foram emitidas 166 notificações quanto à obrigatoriedade da destruição das plantas de soja e expedidos 74 autos de infração por descumprimento do vazio sanitário.

O vazio sanitário da soja foi instituído em Mato Grosso no ano de 2006, como uma medida fitossanitária para a prevenção da ferrugem asiática da soja, a fim de reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi na entressafra e, assim, evitar a ocorrência da doença durante a safra.

A ferrugem asiática da soja é uma das principais doenças que acomete a cultura, causando desfolha precoce da planta, impedindo a completa formação dos grãos e a consequente queda de produtividade.

 Débora Siqueira | Indea-MT

Produtores de soja têm até dia 15 para cadastrar área plantada

Os produtores de soja de Mato Grosso têm até 15 de fevereiro para cadastrar as Unidades de Produção de soja da safra 2021/2022 junto ao Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Quem não se cadastrar, dentro do prazo legal, fica sujeito à aplicação da penalidade de multa, no valor de 10 UPFs.

Até quinta-feira (10.02), um total de 9.753 propriedades já tinham sido cadastradas, totalizando 7,5 milhões de hectares. Ao acessar o sistema online, o produtor deve atualizar o cadastro, anualmente, fornecendo todos os dados solicitados, incluindo nesta safra a data de início e término do plantio.

O cadastro é de suma importância para o Sistema de Defesa Sanitária Vegetal (Sisdev), já que é a ferramenta utilizada para conhecimento das áreas com cultivo de soja no Estado e planejamento das ações para prevenção e controle da Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi).

O produtor deve acessar endereço eletrônico https://vegetal.indea.mt.gov.br/SISDEV/, podendo ser realizado também nas unidades locais do Indea.

Conforme a Instrução Normativa Conjunta SEDEC/INDEA-MT nº 002/2021, de 07 de dezembro de 2021, o cadastramento ou a atualização do cadastro da unidade de produção de soja deve ser realizado, anualmente, até 15 de fevereiro, informando todos os dados solicitados no cadastro e as coordenadas geográficas da lavoura.

Débora Siqueira | Indea

Temporada de colheita de soja gera empregos e movimenta setor do transporte em MT

A colheita de grãos movimenta além dos ambientes das lavouras e impacta diretamente, e de forma positiva, nos empregos. Para o transporte de toda a soja que está sendo retirada do campo, é preciso reforço na frota de caminhões e de mais motoristas.

Muitos desses trabalhadores são de outros estados e viajam para Mato Grosso para aproveitar essa temporada de contratações. Em uma propriedade rural em Lucas do Rio Verde, no norte do estado, as equipes já estão em campo para tentar mais um recorde de produção.

O motorista Valdecir Carminatti Junkes contou que é do Paraná, mas viajou para Mato Grosso para trabalhar nesta safra. “Um amigo que me indicou na fazenda no ano passado e eu gostei. Lucas do Rio Verde expandiu bastante em número de empresas e empregos. Aqui gira melhor a área de serviço, tem muitas opções”, disse.

Segundo ele, é compensatório trabalhar com o transporte no campo, pois as viagens são mais curtas. Na região, os caminhoneiros precisam fazer um trajeto de cerca de 70 km entre as fazendas e os armazéns na cidade. “Hoje o preço do óleo está alto, então quanto menos precisar andar, melhor, e aqui o caminho é mais curto”, disse.

O produtor rural Flori Luiz Binotti afirmou que a fazenda possui caminhões próprios, mas a maior parte do transporte é feito por motoristas terceirizados. “Esses terceirizados vêm da cidade ou lá do Sul para trabalhar aqui. Eles fazem o carregamento na fazenda e vão até o armazém na cidade ou em outras empresas para descarregar”, explicou.

Segundo a dona de armazém Rafaela Frizzo, todos os funcionários, mesmo que sejam terceirizados, passam por treinamento antes de iniciar os trabalhos nas propriedades rurais.

Colheita avançada

A colheita da soja avança num ritmo mais acelerado do que o da safra passada. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima que já foram colhidos mais de 13% da área cultivada. O maior avanço até agora é no médio-norte do estado.

Bruno Motta, TV Centro América

Soja em MT: área plantada deverá quebrar recorde no Estado pelo 6º ano seguido

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) atualizou pela terceira vez as projeções para safra 2021/22 de soja no Estado. Mais uma vez, os números indicam expansão e quebra de recordes, tanto em área plantada como em produção. Se a previsão se confirmar, a superfície destinada à cultura, por exemplo, deverá somar mais de 10,81 milhões de hectares, sendo a sexta expansão espacial seguida, cravando uma nova marca histórica.

Se a área é recorde, há projeção de mais recordes na oferta do grão. A produção deve crescer 3,48% ante à safra passada, e totalizar neste novo ciclo inéditos 37,31 milhões de toneladas (t).

Conforme levantado realizado junto aos agentes de mercado e informantes do Imea, essa expansão, se confirmada, será 3,31% acima do recorde anterior da temporada 20/21, quando foram cultivados 10,46 milhões de hectares (ha). Os analistas chamam à atenção que em relação a segunda estimativa – divulgada no começo de junho – há acréscimo de 0,12% na intenção de cultivo, “mostrando o otimismo do mercado em relação ao grão”.

Os preços médios em altos patamares, somados a uma relação de troca com insumos mais favorável aos produtores continuam auxiliando na tomada de decisão no Estado e favorecendo a expansão espacial. “Além disso, os players (agentes de mercado e produtores) já possuem estimativas mais precisas neste mês quando comparado ao levantamento anterior, o que contribuiu com o acréscimo”, completam aos analistas responsáveis pela atualização dos dados.

Com relação às regiões mato-grossenses, o aumento mais expressivo na área estimada é no norte, com uma elevação de 15,85% se comparado à safra anterior. Um dos motivos para o destaque desta região é a possibilidade de conversão de áreas de pastagens para a agricultura, o que, aliado aos preços em maiores patamares, traz boas perspectivas para a região.

O nordeste do Estado também apontou elevação, 4,34% ante à safra 20/21, o que representa um aumento espacial de 83,81 mil ha.

Com relação às produtividades, para a safra 2021/22 serão mantidas as 57,52 sacas por hectares (sc/há) do relatório anterior, variação de 0,17% acima do observado na temporada 2020/21.

ENQUANTO ISSO NO EUA – Segundo a divulgação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgada no dia 30, a área plantada com a soja no país norte-americano registrou leve redução de 0,06%, ante o relatório de março/21. Com isso, é estimado que 35,43 milhões de hectares sejam semeados. Contudo, em função da demanda aquecida e os baixos estoques, os agentes do mercado esperavam uma maior área, de 36 milhões de hectares. Ainda, o USDA divulgou os estoques trimestrais de soja, que ficaram 2,57% abaixo da expectativa do mercado: 20,87 milhões de toneladas, contra 21,42 milhões de toneladas de média das estimativas. Essa surpresa nos números do relatório foi o que deu suporte para a elevação de 6,22% na cotação disponível (contrato de jul/21) em Chicago no fechamento da sessão da quarta-feira anterior, isso por que, os dados do Departamento indicam uma menor oferta da oleaginosa.

Marianna Peres/Diário de Cuiabá

Área de soja deve crescer 3% no Mato Grosso

A próxima safra de soja no Mato Grosso deve alcançar área e produção ainda maiores. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou a 2ª estimativa para a safra 2021/22 da oleaginosa, trazendo perspectivas recordes para a área e produção.

A área deve ser ampliada em 3,19% ante a safra anterior e fica projetada em 10,79 milhões de hectares. A elevação é reflexo dos preços do grão em patamares altos, que favoreceu a
relação de troca grão/insumo, e também à existência de áreas de pastagens para a conversão.

No que tange às regiões do estado, o maior aumento na área cultivada ocorreu na região norte, com elevação de 14,47%, no comparativo com a 20/21, proporcionada por uma maior
disponibilidade de áreas de pastagens para conversão nesta região.

Em decorrência do incremento na área, a produção esperada no Estado também foi elevada e estimada em 37,26 milhões de toneladas, acréscimo de 3,37% se comparada ao ciclo 20/21. Por fim, a expectativa para os rendimentos se mantém em 57,52 sc/ha nesta estimativa.

AGROLINK  Eliza Maliszewski

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