O Tiro e Queda de hoje volta a destacar um assunto que muito interessa à classe política. Talvez o cidadão comum não demonstre tanto interesse, não porque o assunto seja ruim, mas sim porque eles (aqueles de quem o assunto trata) têm deixado a desejar para o nosso povo. O assunto? Política! Eleições 2022! Escolha de deputados! Especialmente deputados.
Semana passada conversava com alguns amigos dos meios políticos sobre os nomes de pretensos candidatos por Alta Floresta e região (claro) para as próximas eleições.
Ano que vem, no dia 2 de outubro, primeiro domingo, nós eleitores seremos chamados pela democracia para, democraticamente e nas urnas eletrônicas, escolhermos, no primeiro turno presidente e vice-presidente da República, 27 governadores e vice-governadores de estado e do Distrito Federal, 27 senadores e 513 deputados federais, bem como deputados estaduais e distritais. O segundo turno do pleito está marcado para o dia 30 de outubro e acontecerá para o caso em que, havendo mais de três candidatos, presidente e governadores, com seus vices, o melhor colocado não alcance 50% mais 1 voto do eleitorado.
Portanto, já falta menos de 1 ano para as eleições.
A pergunta que já se começa a fazer é: Quem serão nossos candidatos a deputados estaduais? Haverá em Alta Floresta algum candidato a deputado federal? Será que novamente ficaremos à mercê de representação por políticos de fora, como aliás acontece atualmente?
São perguntas que merecem análise profunda, senão pelos eleitores, já que para a grande maioria o assunto é chato, mas pelo menos, para nossos representantes.
Já está na hora (na verdade até passou) de vereadores, prefeito, lideranças políticas e outras lideranças sociais entrarem em debate para indicar, no mínimo, pessoas com capacidade eleitoral de representação.
Atualmente, para se ter uma ideia, Alta Floresta tem um deputado, Romoaldo Junior, que na Assembleia Legislativa perdeu muito sua força por ser suplente e ter a sua cadeira sempre ameaçada. Tem, como deputado, pouca liberdade para dar murro na mesa do governador, por exemplo, tem, como deputado, pouca atuação em defesa da região, muito aquém do que outrora representava.
Romoaldo, e é sabido por todos, dificilmente concorrerá à reeleição, estaria “preparando” seu irmão, Juliano Jorge, que já foi vereador em Alta Floresta, possui forte ligação com a nossa cidade, mas atualmente (e há muito tempo) é morador da capital, Cuiabá. Ainda assim, aparentemente, é o pré-candidato que mais tem ligação nossa cidade. Os outros são de outras cidades com interesses aqui, os que estão no poder e os que almejam alçar voo político.
Dentre os novos pré-candidatos, destaca-se o ex-prefeito de Paranaíta, Tony Rufatto, que tem deixado claro seu pensamento de concorrer. Hoje é sem dúvida um forte candidato. Quando outros “fortes candidatos” entrarem no pleito, é que se verá se sua candidatura tem futuro.
Justiça seja feita, outro altaflorestense, ou melhor “altaflorestense”, já que há muito está na capital, também é deputado e por certo concorrerá à reeleição, Henrique Lopes, do PT. É nome interessante, mas Alta Floresta precisa mais, precisa de alguém com raízes bem mais fortes fincadas aqui, precisa de gente que a gente veja todos os dias, precisa de um representante político que seja encontrado diariamente aqui, ali e acolá, não apenas nos períodos de eleição.
O assunto é interessante. É chato, entendo, mas necessário.