O coquetel contra a covid-19 que teve autorização para uso emergencial nesta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) previne em até 87% a evolução para casos graves da doença. Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o tratamento combina dois anticorpos monoclonais, o bamlanivimabe e etesevimabe, e é indicado para pacientes a partir dos 12 anos, com sintomas leves da doença e alto risco de evoluir para quadros graves.
Esse é o segundo coquetel de anticorpos aprovado pela Anvisa. O primeiro, autorizado em 20 de abril, era formado pelos anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe, da farmacêutica Roche.
Como funcionam os anticorpos monoclonais
Os anticorpos monoclonais são cópias idênticas de um anticorpo produzido naturalmente pelo organismo. Os cientistas conseguem criá-los em laboratório com a missão de neutralizar o vírus.
A aplicação do coquetel é única e intravenosa, portanto, só pode ser feita em ambiente hospitalar. O resultado da aplicação tende a aparecer após os três primeiros dias, quando a carga viral começa a diminuir. O tratamento com anticorpos não é algo novo, ele tem sido usado há anos para combater infecções virais, como o Ebola, por exemplo.
Os anticorpos monoclonais ficaram bem conhecidos quando o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez uso do tratamento da farmacêutica Regeneron, quando foi diagnosticado com covid-19.
Catraca Livre