Neste final de semana o Rotary Club de Alta Floresta realizou a campanha Mão Amiga, que entrou no seu 21º ano, e claro, mais uma vez a promoção foi um sucesso, uma prova inequívoca de que o altaflorestense é mesmo um povo altruísta, do bem e quer toda vez que é chamado a ajudar a comunidade, é prestativo.
No caso da “Mão Amiga”, é bom que se diga que o evento é uma organização do Rotary, mas seu sucesso dá-se graças a união de várias entidades. O Tiro de Guerra é uma das principais, afinal, são 100 jovens que estão prestando o serviço militar que são disponibilizados, a “custo zero” para a arrecadação. Outro importante parceiro é a prefeitura municipal, que ano após ano dispõe de veículos, funcionários e de todo o suporte necessário.
A afirmação acima se faz necessária, por um único motivo, nas entrevistas que fizemos no sábado, in loco, percebemos uma preocupação até demasiada dos integrantes da organização em registrar a prefeitura como parceira, o que é louvável.
Mais tarde, já no domingo, é que descobri o que ocorrera. É que no embalo da campanha alguns secretários da administração se sentiram “menosprezados” nas divulgações na imprensa em torno do evento, já que “só aparecia o Rotary como organizador”. Eu custei a acreditar no que ouvi, uma espécie de “saudade do que ainda não aconteceu”. Gente, para com isso. Alta Floresta é maior do que ego. A Mão Amiga é maior do que vaidades. O resultado final, 10 toneladas de arrecadação, é maior do que qualquer coisa. O atendimento, que será feito pela prefeitura através da Ação Social, como em todos os anos, é maior do que qualquer umbiguismo.
Tomem como exemplo, não só neste caso, mas em todos os outros, o que ocorreu na noite de quinta-feira, quando pensamentos e organizações de pontos e polos diferentes se reuniram para discutir, na sede da OAB local, a questão do aterro sanitário, gente de todos os partidos, de todas as camadas sociais, de todos os interesses sentaram-se à mesa para lutar pelo bem comum, sem estrelismo, sem necessidade de um aparecer mais que o outro, sem crise de ego. Talvez seja só isso que Alta Floresta precisa para enfim crescer. E que seja enaltecido o resultado da Mão Amiga e de todos os outros eventos que tenham como fundo principal ajudar aos que menos precisam.