Bruno Felipe / Da Reportagem
O município de Alta Floresta finalizou na última sexta-feira (07/12), as atividades da Semana Municipal Pela Não Violência Contra a Mulher. Uma palestra sobre a Violência Doméstica realizada no Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT) e ministrada pela Juíza Milena Ramos deu início as atividades da semana especial. Conforme divulgado, além da palestra, alguns alunos encenaram uma peça de teatro para os presentes, como forma de ilustrar o tema que foi trabalhado durante a semana. A organização das atividades ficou a cargo do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM).
Segundo Elisa Gomes, parlamentar autora do Projeto de Lei 2.445/2018 que instituiu a Semana no município, além de produtiva, a semana foi extremamente positiva e contou com a presença massiva de muitas mulheres altaflorestenses. “Foi uma semana muito produtiva e o mais importante, a participação das pessoas em cada evento desse, uma participação que nos surpreendeu e a preocupação das pessoas em relação a essas violências que ocorrem com as mulheres; então a participação foi fundamental para que a semana continue a partir do ano que vem”, disse Elisa em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.
Na quinta-feira (06/12), ocorreu a palestra sobre Abuso e Afeto ministrada pela psicóloga Danubia do IFMT, no Clube de Mães do bairro Jardim Primavera. Além disso, as 19h00, houve a ministração de uma palestra sobre as formas de violência contra a mulher, realizada pela Delegada Municipal Dr. Ana Paula. As atividades encerraram-se na sexta-feira (07) com a ministração da palestra sobre violência doméstica no Sispumaf.
Outro parlamentar que também acompanhou as atividades promovidas foi o vereador Mequiel Zacarias (PT) que enfatizou para a reportagem que sentiu a falta da presença de mais homens nos eventos. Segundo ele, apesar da Semana servir como empoderamento para que as mulheres façam as denúncias, o ator principal nestes casos sãos os homens e é de extrema importância que haja essa conscientização por parte deles.
Durante as atividades muitos dados foram divulgados; estima-se que somente em Alta Floresta, até o mês de agosto deste ano, 197 medidas protetivas foram registradas. “Estima-se que o número de situações de violências sejam maior e que não são registradas, de fato as pesquisas em âmbito nacional demonstram que o número de mulheres que estão em algum tipo de situação que coíbe ela de fazer a denúncia é muito grande, ou seja, estamos perante a um cenário que desconhecemos na sua intensidade e complexidade”, ressaltou Mequiel em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.