Bruno Felipe / Da Reportagem
Cada vez mais invisíveis aos olhos dos cidadãos: essa é a realidade dos telefones públicos, popularmente conhecidos como orelhões. Eles já foram os responsáveis em unanimidade pela comunicação no País, mas com a explosão da telefonia móvel, esses aparelhos têm se transformado em uma relíquia digna de exposições em museus.
De acordo com um levantamento feito pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em Mato Grosso o número de terminais de uso público (TUPs/orelhões) é de 13.186 mil, sendo que nos primeiros sete meses do ano de 2015, foram danificados, em média, 3,4% desse total por atos de vandalismo.
Somente em Alta Floresta existem 199 orelhões espalhados por toda a extensão da cidade e todos eles funcionam 24 horas por dia. De acordo com o supervisor operacional da Telemont (empresa terceirizada da Oi) John Everton, um técnico fica responsável por realizar a manutenção e vistoria dos aparelhos todos os dias.
Hoje, apenas 35% dos orelhões em funcionamento são usados, e os usuários falam menos de um minuto por dia. Apesar disso, muitos comércios altaflorestenses ainda realiza a venda de ‘Cartões Telefônicos’, aqueles ao qual o usuário utiliza os créditos para fazer ligações. Em um posto telefônico de Alta Floresta, um cartão de 20 unidades custa R$ 2,50; o de 40, R$ 4,86; e o de 60 unidades, R$ 7,50.
Desde o ano de 2017, as ligações locais e de longa distância nacional para telefones fixos realizadas a partir orelhões da concessionária Oi em 15 estados brasileiros não podem ser cobradas. Conforme Jhon explicou para a reportagem do Jornal O Diário, o serviço também já está disponível no município de Alta Floresta, basta apenas que o usuário coloque o número. Para o fixo de outro estado, é preciso teclar o zero antes.
Ele ressaltou que para ligações feitas para telefones móveis é cobrada apenas uma unidade por ligação. “A partir do momento que as pessoas começaram a usar o celular a utilização diminuiu mesmo, até um dos motivos que acabam gerando falha para gente, principalmente os mais afastados, ele acaba dando falta de comunicação”, explicou Jhon em entrevista ao Jornal O Diário.