O Município de Paranaíta através da Saúde tem se mobilizado e vem promovendo campanhas, ações de controle e combate e mobilizando a comunidade para os cuidados a serem tomados com o Caramujo-Africano. Em entrevista, o Secretario de Saúde Marcelo Costa, a Coordenadora de Vigilância em Saúde, Jeane Pinheiro e o Coordenador da Vigilância Ambiental, Antonio da Silva destacaram as ações que a Prefeitura de Paranaíta vem desenvolvendo por intermédio da Secretaria de Saúde, para orientar sobre controle e conscientização da população.
Antonio Silva da Vigilância Ambiental cita várias ações que estão acontecendo, vídeos nas redes sociais, matérias em sites, divulgações na rádio local, treinamento da ACS para lidar com o seu público e transmitir à população tudo sobre o assunto, pitstop de conscientização, equipes de catação que estão trabalhando para recolher o maior número de moluscos dos pontos infestados e instalação de ecopontos para recolhimento dos caramujos. Os ecopontos serão instalados no Setor Novo Horizonte Rua NH 9, residencia da agente de saúde Graziela, um no Setor industrial na marcenaria do Luiz Tavares e outro no campo do Baiano, esse ecoponto é o local correto para a população levar o caramujo recolhido dos seus quintais. Antonio pede que a população seja parceira, no sentido de entender que estas ações são permanentes e continuadas.
Conforme informações da Coordenadora de Vigilância em Saúde, Jeane Pinheiro, a proliferação rápida desses moluscos assusta a população porém não há motivos para pânico, em Paranaíta somente dois bairros estão infestados, o Industrial e o Novo Horizonte. Os verdadeiros riscos oferecidos pelo caramujo africano são duas zoonose, uma delas é chamada de meningite eosinofílica, causada por um verme que passa pelo sistema nervoso central, antes de se alojar nos pulmões. O ciclo da doença ocorre quando o molusco come as fezes do rato. A segunda zoonose é a angiostrongilíase abdominal, doença que provoca fortes dores abdominais. O risco do caramujo transmitir estas duas parasitoses é muito pequeno, porém é necessário muito cuidado ao manusear o caramujo, que jamais deverá ser ingeridos e não ter contato. Os cuidados com o caramujo, é o mesmo que todos tem que ter com o mosquito da dengue, ou seja, quintais sempre limpos, sem entulhos é muito importante. Além disso, deve-se lavar bem frutas, verduras e legumes e antes do consumo, além de lavar corretamente as mãos.
Para o Secretário de Saúde, Marcelo Costa, a Secretaria de Saúde não medirá esforços para combater o caramujo africano no município, ele garante que toda a equipe está mobilizada e empenhada em resolver este problema. “É importante lembrar que, ao descartar os caramujos, suas conchas sejam enterradas ou quebradas, pois elas passam a representar outro risco à saúde da população, podendo acumular água e se tornarem local propício à criação de larvas e proliferação do Aedes aegypti, mosquito causador da Dengue, Zika e Chikungunya”. Frisou o secretário.