A Operação Lava Jato chegou nessa terça-feira na 26ª fase, o alvo principal desta fase foi à empreiteira Odebrecht, resultando na prisão de vários executivos da empresa, e apreensão de vários documentos.
Durante as diversas fases da Operação, a Polícia Federal apreendeu vários documentos e anotações. Ontem a imprensa divulgou uma relação de 200 políticos que supostamente receberam propinas da Odebrecht, os documentos estão anexados no processo sobre as investigações da 23ª fase da Operação, conhecida como Acarajé.
O Juiz Sérgio Moro decidiu impor sigilo a lista de políticos que receberam dinheiro da empreiteira Odebrecht. Nessa lista aparece o nome de um político de Mato Grosso, o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), como um dos beneficiários do esquema de propinas.
Os documentos que listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos, e segundo a reportagem de UOL, pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada pela força-tarefa da Operação Lava Jato. As planilhas estavam com o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, conhecido como “BJ.
Uma das planilhas traz o nome do deputado de Mato Grosso Guilherme Maluf, indicando repasses no valor de R$ 500 mil dividido em dois repasses, o primeiro em maio de 2012 no valor de R$ 150 mil e o segundo em 2014 de R$ 350 mil.
Nomes políticos da oposição e do governo também figuram entre os documentos relacionados: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE), Eduardo Cunha (PMDB), Sérgio Cabral (PMDB), José Sarney (PMDB) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
As planilhas foram divulgadas pelo blog do Fernando Rodrigues, do UOL Notícias, o blogueiro cita na reportagem que os nomes e valores relacionados não devem ser automaticamente considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os políticos citados, e que os indícios ainda serão elucidados no decorrer nas investigações.
A assessoria do deputado Guilherme Maluf emitiu uma nota de esclarecimento e cópias das prestações de contas das duas campanhas do deputado. O deputado afirmou não ter recebido qualquer recurso da Odebrecht e que todas as suas contas eleitorais foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Confira a nota:
O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), nega que tenha recebido recursos financeiros da empresa Odebrecht nos anos de 2012 e 2014. O parlamentar enfatizou que as contas das campanhas dos referidos anos, assim como todas de sua carreira política, foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O deputado também informa que estudará as medidas jurídicas cabíveis a serem tomadas acerca da divulgação do seu nome indevidamente na lista.
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Capa / Cidades / Em documento apreendido pela Lava Jato deputado Maluf de Mato Grosso teria recebido R$ 500 mil de propina