Trabalhadores da Energisa entraram em greve nessa segunda-feira (4), após a empresa não atender pedidos realizados pelo Sindicato de Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Mato Grosso (STIU-MT). Demandas foram discutidas em Assembleia Geral no dia 14 de setembro e apresentadas à empresa.
Conforme o comunicado sobre a paralisação, os empregados informaram que após 6 reuniões realizadas com a empresa, a mesma se recusou a atender as reivindicações do sindicato e ainda teria feito a redução do salário dos funcionários. A greve se abrange os municípios de Cuiabá, Sinop, Barra do Garças, Confresa e Cáceres.
Em reunião realizada na segunda, o Diretor-Presidente do sindicato, Dillon Coporossi, destacou a importância do reajuste salarial e o aumento do valor fornecido para alimentação dos funcionários, que realizam ações fora da cidade. Benefício atual é de R$ 32.
“Atualmente, R$ 32 é insuficiente e o empregado precisa tirar dinheiro do próprio bolso para complementar o pagamento da refeição e comprar água”, pontuaram os servidores.
Além do reajuste de salário e vale, os servidores querem medidas necessárias para que o funcionário não use o próprio dinheiro para o conserto e a lavagem dos veículos.
Por outro lado, a Energisa propôs o aumento dos salários em 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e respondeu que irá analisar os pedidos sobre valores de vale-alimentação, entre outros pedidos feitos pela classe. Uma nova reunião foi marcada para a tarde desta terça-feira (5) para um possível acordo.
Os sindicalistas alegam que a empresa deseja extinguir diretos históricos conquistados pelos trabalhadores, “apesar de ter obtido um lucro de R$ 707,8 milhões entre janeiro a setembro de 2023, que somados ao lucro líquido obtidos a partir de 2014, totalizam R$ 5,00610 bilhões”.
Outro lado
Em nota, a Energisa informou que dialoga com os funcionários para chegar a um consenso, e que o atendimento segue normalizado para garantir os serviços prestados.
“A Energisa informa que respeita o direito a livre manifestação dos colaboradores e que está com diálogo aberto para chegar a um consenso na negociação coletiva deste ano. O atendimento prestado pela concessionária é normal. No entanto, a companhia segue monitorando o movimento para garantir a realização dos serviços a nossa comunidade.”
Gazeta Digital