Em meio a um ‘apagão’ mão de obra, as empresas de Mato Grosso tentam traçar estratégias para atrair trabalhadores de outros estados que consigam atender suas demandas. Na última quarta-feira (8), a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) convocou todos os representantes de setores econômicos do estado, prefeituras e governo do Estado para debater o problema para essa crise.
Atualmente, Mato Grosso vive o uma situação considerada como ‘pleno emprego’, pois apenas 3,8% da população está desocupada, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados do IBGE apontam que há 71 mil pessoas desempregadas ou procurando emprego em Mato Grosso. Já os empregados somam 1,7 milhão de trabalhadores, sendo que 643 mil são informais.
De acordo com o gerente do Observatório da Indústria da Fiemt, Pedro Máximo, houve uma redução de 30% no número de desocupados no estado, pois no início de 2022 havia 104 mil pessoas.
“Mato Grosso vive o que chamamos o pleno emprego. Hoje, 3,8% da população está procurando emprego, significa que quem está procurando emprego, não necessariamente está desocupado”, afirma.
De acordo com o presidente da Fiemt, Sílvio Rangel, a falta de profissionais está afetando praticamente todos os setores econômicos do estado, desde a produção no campo, indústria, comércio e serviços. Ele avalia que é preciso estabelecer estratégias e ‘subsidiar’ a vinda de trabalhadores, além de qualifica-los.
O próximo passo é fazer uma pesquisa sobre quais setores que mais demandam profissionais, assim como a garantia de moradia desses trabalhadores que vieram para Mato Grosso.
“É possível [garantir] moradia a esses trabalhadores, a questão também de educação, capacitação, de todos os níveis de emprego, para que a gente possa realmente estar desenvolvendo nosso estado, seja a nível de indústria, comércio, agricultura. Temos um apagão de mão de obra com essa questão do pleno emprego que nós estamos”, disse o presidente.
Fonte: Estadão Mato Grosso