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Desabastecimento em mercados de MT pode se agravar até o fim da semana

Além dos bloqueios que impedem a chegada de produtos, Associação já notou um aumento da procura dos clientes, preocupados com a crise

Nas prateleiras dos supermercados mato-grossenses, os estoques de frutas, verduras e legumes estão escassos e a reposição pode não ocorrer. Não houve entrega na segunda-feira (31), devido aos bloqueios nas estradas.

A estimativa da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) é que o desabastecimento se agrave nos próximos dois ou três dias, caso a circulação dos produtos não seja retomada. Até porque, uma movimentação maior de pessoas fazendo compras já  foi percebida durante a tarde dessa terça-feira (1º).

Mato Grosso está na lista de cinco Estados em situação preocupante: Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Pará completam a lista. Nesses locais, mais de 70% dos supermercados já registram a falta de produtos.

Segundo Marcio Milan, vice-presidente da Abras, trata-se de alimentos que precisam ser  adquiridos em menor quantidade, devido a sua característica perecível. Sendo assim,  os estoques são planejados para durar dois ou três dias. “As áreas de frutas, verduras e legumes são as mais afetadas, em seguida são os açougues, frios e laticínios, mercearia e panificação”.

Por outro lado, a Abras não acredita em aumento de preço neste primeiro momento. Isso porque os produtos aguardados pelas empresas já foram negociados. “Mas a preocupação é com os produtos que vão se perder e gerar desperdício em um momento onde existe um quadro de insegurança alimentar tão grande”, lamenta.

Chegada e saída

A Viva Lácteos, associação da indústria de lácteos, informou que não há um apontamento regional, mas que no cenário nacional já tem sido identificada, com algumas indústrias, a dificuldade tanto na chegada quanto na saída do leite para a produção e também para entrega ao consumidor final.

Esse bloqueio tem resultado na perda de produtos que são altamente perecíveis. A dimensão do prejuízo ainda vai depender de quanto tempo durará a mobilização dos caminhoneiros, pontuou a associação.

Natália Araújo – O Livre

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