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Bebê morto atropelado por caminhão saiu de casa atrás de um gato, diz tio

Bebê morto atropeladoO menino de 1 ano e 8 meses que morreu após ser atropelado por um caminhão no Setor Morada do Sol, na região noroeste de Goiânia, saiu correndo para perseguir um gato de estimação, segundo informações de um tio, que preferiu não se identificar. Segundo o homem, o bebê costumava brincar na rua, mas sempre acompanhado. “Ele ficava lá com amigos, mas nunca o deixamos sair sozinho”, afirma.

O acidente aconteceu por volta das 17h de quarta-feira (10), na Rua Sulamita. Segundo testemunhas, o bebê estava na casa do tio, acompanhado pelo pai. O portão ficou aberto e a criança saiu correndo pela rua. Em seguida, foi atropelada pelo caminhão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a criança morreu na hora do acidente.

O tio do menino garante que não houve negligência do pai e que tudo aconteceu muito rápido. “Os dois entraram e nem tínhamos fechado o portão, quando meu cunhado percebeu a ausência do bebê. Ele saiu em disparada atrás dele, mas, infelizmente, o pior já tinha acontecido”, relatou.

De acordo com Laís Brito da Silva, 25 anos, vizinha da vítima, é comum que as crianças que moram na região brinquem no meio da rua. “Aqui é sempre tudo muito tranquilo, por isso os pequenos ficam correndo por aí”, contou. Segundo ela, todos estão abalados com a morte do menino. “É horrível pensar que o víamos todos os dias e que agora ele se foi para sempre. Mas com certeza a tragédia serviu de alerta e teremos mais cuidado”, disse Laís.

Em depoimento na Delegacia Especializada em Investigações de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict), o motorista do caminhão informou que, após atingir o bebê, sentiu um “tranco” e achou que tivesse colidido em um veículo estacionado na rua. Só percebeu o atropelamento ao descer, quando viu o pai da criança gritando e apontando para baixo do caminhão. O menino foi arrastado por cerca de quatro metros.

A delegada responsável pelo caso, Caroline Paim Diaz, disse que aguarda o laudo pericial para apurar o que realmente aconteceu. “Os primeiros indícios apontam que a criança estava sozinha na rua e acabou entrando na parte traseira do veículo, que estava em baixa velocidade”, relatou a delegada.

“Se for comprovado que o caminhoneiro foi negligente, ele pode ser indiciado por homicídio culposo, sem a intenção de matar. Porém, se houve falha do pai, que estava cuidando do menino, ele pode ser responsabilizado. No entanto, em casos assim, a morte da criança já é considerada punição suficiente e o delegado sugere ao juiz que conceda o perdão judicial”, explicou Caroline.

O motorista foi submetido a um teste do bafômetro e não estava embriagado. Após prestar esclarecimentos, foi liberado. Os responsáveis pelo menino ainda serão ouvidos.

FONTE: G1

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