Mato Grosso continua largando na frente na produção de etanol de milho. Na safra 2023/2024 irá ofertar ao mercado consumidor 4,1 bilhões de litros ou 69,3% de todo biocombustível produzido no país, estimado em 6 bilhões (l) pela União Nacional do Etanol de Milho (Unem). De uma safra para outra, a produção mato-grossense do derivado vegetal cresce em 28% ou 900 milhões (l).
Na temporada 2022/2023 foram industrializados no Estado 3,2 bilhões (l) de etanol, dos quais 1,9 bilhão (l) de hidratado e 1,2 bilhão (l) de anidro. Na safra 2023/2024, as indústrias mato-grossenses ampliam a oferta de etanol hidratado para 2,5 bilhões (l) e de anidro para 1,6 bilhão (l), detalha a Unem.
Respectivos acréscimos anuais de 31% e 24% resultam da ampliação da capacidade produtiva industrial em Mato Grosso, incluindo novas operações e incorporação de tecnologias em unidades atualmente em funcionamento. A nova safra de produção de etanol começa com 20 indústrias autorizadas em 5 estados -Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo -, sendo duas a mais que no ciclo produtivo anterior.
Neste 1º semestre de 2023, a fabricante Inpasa – grupo empresarial com atuação no Paraguai e no Brasil – duplica sua capacidade produtiva na unidade localizada no município de Nova Mutum e está construindo refinaria na unidade sul-mato-grossense. No ano passado, a Inpasa iniciou operação da unidade de Dourados (MS), dobrando sua capacidade produtiva no mesmo ano. Também em Mato Grosso a indústria ALD BIO vai aumentar a produção no município de Nova Marilândia.
O grupo FS Bioenergia iniciará a operação de sua 3ª unidade, localizada em Primavera do Leste, no início da safra 2023/2024. Em fevereiro deste ano, uma unidade flex passou a operar em Quirinópolis (GO). Até meados da safra 2023/2024, a Neomille, do Grupo Cerradinho Bio, deverá iniciar a produção de etanol de milho em Maracaju (MS), completando o quadro com 21 indústrias autorizadas a produção, entre unidades flex – que produz a partir de canade-açúcar e de milho- e unidade de dedicação exclusiva a processar o etanol à base de cereal.
“Com capacidade de armazenamento do milho, as indústrias produzem ao longo de todo o ano. Cada unidade produz grandes volumes e há uma oferta linear de combustível no mercado, atenuando a sazonalidade de produção do etanol de cana-de-açúcar, garantindo o abastecimento e diminuindo as grandes oscilações de preços”, afirma o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco.
Silvana Bazani
Gazeta Digital