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Presidente do Sindmed relata precariedades de hospitais regionais de Mato Grosso

Na segunda reunião ordinária da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso ouviu o presidente do Sindicato dos Médicos (Sindmed/MT), Adeildo Martins de Lucena Filho. À comissão, ele falou sobre a vista e os problemas encontrados em três hospitais regionais. Ele falou ainda sobre o teletrabalho e do concurso que contemple a categoria.

Hoje, não houve deliberação de matérias em função da falta de quórum. Apenas os deputados Lúdio Cabral (PT) – que presidiu extraordinariamente a reunião – e o deputado Wilson Santos (PSD) participaram da reunião. Na pauta estavam colocados para análise e votação dos pareceres de 23 proposições. 

De acordo com Lúdio Cabral, o Sindmed veio trazer uma proposta para a criação de uma fundação hospitalar autárquica em Mato Grosso, que passaria a assumir a gestão dos hospitais regionais. 

“Todos os profissionais dessa instituição seriam contratados por meio de concurso público. A proposta é ousada e vai exigir um debate longo, inclusive em ano eleitoral. Isso nos permite tratar com profundidade e, com isso, superar os problemas dos vínculos precários”, disse Cabral.

O parlamentar disse ainda que existe a precarização dos vínculos trabalhistas de médicos nas unidades regionais de saúde são estruturais. “Num Estado que arrecada cada vez mais a cada ano, não consegue enfrentar esses problemas de saúde. Em Mato Grosso, há 20 anos, não se realiza concurso público na saúde. Àquela época a estrutura da saúde era uma. Hoje, as unidades hospitalares estão precárias”, afirmou o Cabral.

Lucena afirmou que, em 2022, o Sindmed fez visitas a três hospitais regionais; Rondonópolis, Sorriso e Sinop. Segundo ele, o atendimento feito pelo Sistema Único de Saúde apresenta diversos tipos de deficiência. Entre eles, Lucena citou os vínculos entre os médicos e as unidades hospitalares. 

“Temos os médicos contratados por PJ [pessoa física]. Isso a gente já percebeu e ficou bastante claro. Os hospitais regionais, na verdade, foram delapidados, destruídos pelas organizações de saúde (OS). É preciso organizar a questão dos recursos humanos e, com isso, ampliar os serviços oferecidos à população. Mas com os vínculos precários isso fica bastante ruim para os profissionais”, disse. 

Em Cuiabá, de acordo com Lucena, a situação é extremamente crítica. “Aqui, as policlínicas e as UPAs têm escalas de plantões incompletas. As escalas de plantões não são completas, há unidades de saúde que não têm pediatra. As mães têm que voltar com as crianças para casa sem o atendimento. Além disso, há falta de medicações. A situação dos medicamentos é sofrível”, afirmou Lucena. 

Sobre teletrabalho da categoria, Lucena disse que a proposta do governo do estado já foi aprovada, mas ainda não foi regulamentada pelo governador Mauro Mendes (UB). “O prazo para regulamentá-la já passou. É preciso que o governo o regulamente o mais rápido possível”, disse Lucena. 

A Comissão de Saúde realiza na próxima terça-feira (10), às 16 horas, reunião extraordinária. Enquanto isso, a próxima reunião ordinária está marcada para o dia 7 de junho de 2022, às 10 horas, na sala Deputada Sarita Baracat, 202. 


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