A aliança entre Jair Bolsonaro e o centrão enfraqueceu um dos focos de resistência na Câmara dos Deputados à agenda ambiental do governo.
A nova composição de forças na Casa permitiu que aliados do presidente fossem escolhidos nesta semana para chefiar comissões que tratam de temas ambientais.
As escolhas abrem o caminho para uma avalanche de projetos de lei que estão em análise nas comissões e são considerados nocivos por ambientalistas, como a liberação da caça, a redução de parques nacionais e a liberação da pecuária em reservas legais.
O êxito da articulação mostra ainda um cenário favorável a propostas que já estão em fase final de tramitação e são tratadas como prioritárias pelo governo, como a que regulamenta a mineração em terras indígenas e a que flexibiliza os critérios para a privatização de terras públicas desmatadas ilegalmente.
A tramitação de várias dessas propostas havia sido congelada enquanto a Câmara esteve sob a presidência do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), um crítico da agenda ambiental do governo.