Uma jovem de 19 anos morreu dentro do Hospital Regional após sofrer um tipo de convulsão conhecida como “eclampsia”. O diagnóstico teria sido passado à familiares de Tais Andrade de Morais, moradora do bairro Bom Pastor, que estava grávida de 42 semanas. Ela procurou o Hospital Regional de Alta Floresta, por volta das 03 horas da madrugada de terça-feira, 16 com fortes dores, foi medicada e liberada. Por volta das 07 horas procurou uma unidade de atenção básica, onde foi novamente encaminhada com uma ambulância até o Hospital Regional. O filho de Tais nasceu com 3.650 gramas, mas a mãe não resistiu e morreu logo após o parto.
Segundo o esposo de Tais, Alexsandro Cordeiro de Oliveira, já na primeira ida ao Hospital, às três da madrugada, a bolsa já tinha estourado, “ela ficou da uma hora até as 16 horas com dor, até levarem ela para fazer a cirurgia”, disse Alexsandro que trabalha em uma Usina.
Alexsandro estava muito abatido e revoltado com a situação que ocorreu, onde acabou perdendo sua esposa, com quem estava casado há mais de 3 anos e esse era o primeiro filho do casal. “Quando ela ficou sabendo que estava grávida ficou muito feliz, compramos tudo, o enxoval completo, perdi minha esposa, mas meu filho tá vivo”, disse Alexsandro.
O velório de Tais foi na funerária no setor H, e o seu sepultamento foi realizado às 14 horas de ontem, no cemitério Jardim da Saudade.
A pré-eclâmpsia ocorre quando uma mulher grávida tem pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento após a sua 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto. Além da pressão arterial elevada, outras complicações como excesso de proteína na urina e edema devem acontecer para se ter o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Ela só ocorre durante a gravidez, sendo que em alguns casos pode ocorrer mais cedo, antes da 20ª semana. Até mesmo um ligeiro aumento da pressão arterial pode ser um sinal de pré-eclâmpsia. O nome pré-eclâmpsia foi dado uma vez que essa condição favorece a eclâmpsia, um tipo de convulsão que acontece na gravidez e pode ser fatal para a mãe e bebê.
José Ronaldo/O Diário