A sociedade matogrossense, principalmente aquelas pessoas mais interessadas no quadro político, que a bem da verdade aumentou muito desde a ultima eleição, quando um numero maior de jovens passaram a se interessar pela causa política, acompanhará hoje a sabatina da ex-secretária de cultura e esposa do deputado estadual José Riva, que, Janete, está prestes a ser indicada da Assembleia Legislativa para o cargo de Conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. Para ser conselheiro, o indicado tem que ter algumas prerrogativas constitucionais que, no que cabe à Janete Riva, não teria segundo a avaliação de entidades sociais e políticas que estão acompanhando atentamente o processo. Por exemplo, Janete não tem curso superior, não tem experiência com questões jurídicas e, no caso da condição “moral ilibada”, tem sido contestada já que foi alvo de algumas investigações criminais, inclusive por trabalho escravo em uma fazenda de sua propriedade na região de Juara. Ontem até o MPE entrou na jogada, pedindo à Justiça que barrasse a sabatina de Janete, não conseguiu e hoje ela deve ser ouvida pelos nobres deputados mato-grossenses.
Mas um político em especial deve ficar muito frustrado se Janete for confirmada para o TCE, trata-se do governador eleito Pedro Taques, que criticou a indicação de Janete e agora, terá que engolir, seria uma primeira derrota de Pedro Taques que sequer assumiu o cargo de governador. Se tivesse ficado “pianinho”, quem sabe o seu sentimento de frustração passasse desapercebido. Como jurista que é, ele sabe que cada Poder tem sua independência, ao criticar publicamente, talvez tenha criado uma “disputa de força institucional”, de um lado o executivo, de outro o legislativo, cada um no seu quadrado…