Com plenário cheio, Câmara se reúne para mais uma sessão

Foi realizado ontem (19), mais uma sessão ordinária na Câmara Municipal, com 11 itens na pauta para votação, com destaque para projeto de Lei 1.751/2014, que acrescenta os agentes de saúde como funcionários públicos municipais. A sessão contou com a participação da maioria dos agentes de saúde do município, que superlotaram as cadeiras do plenário Arnaldo Corcino da Rocha. Confira um resumo dos pronunciamentos dos edis altaflorestenses.

O vereador Eloi Crestani pediu mais fiscalização da secretaria de segurança e transportes, com relação a 4 ou 5 vans que estariam fazendo transporte de passageiros dentro do perímetro urbano, “tomando a corrida dos taxistas”, segundo o vereador. Aos agentes de saúde, Crestani disse que “está com eles na efetivação dos agentes”, e cobrou também que os agentes também possam ganhar pagamento de insalubridade.

O vereador Dida Pires falou da presença do prefeito Asiel Bezerra, na ultima segunda feira, onde foi feita uma reunião entre vereadores, secretários municipais e o prefeito. Na ocasião os vereadores foram informados, que a prefeitura de Alta Floresta está sem verba. Segundo Dida, os fornecedores do executivo não vão receber, pois o dinheiro que tem em caixa é para o pagamento da folha de pagamento que gira em torno de R$ 4.500.000,00. “Tem que ajustar a máquina, cancelar esses contratos de maquinários”, disse.

Paulinho Jiló, em seu pronunciamento, disse que o prefeito tem que ter atitude, falou também que o asfalto do Boa Nova 3, está“uma verdadeira palhaçada, ninguém sabe realmente quem esta fazendo a obra, se for prefeitura está irregular porque tinha que ter licitação”. O vereador falou também sobre as MT 325 e 010, que “se não for feito um trabalho de cascalhamento os moradores do setor sul vão ficar isolados no período chuvoso”.

Valdecir Mendonça pediu que o povo pudesse comparecer mais à casa de leis para acompanhar os trabalhos do legislativo. Falou também que a verba que veio para asfaltar alguns bairro, deveria ser dividido entre todos, “fazer uma, duas ou três ruas em cada bairro para diminuir um pouco a poeira”. O vereador também disse que os agentes de saúde ganham muito pouco e deveriam ser mais valorizados pelo executivo.

Elisa Gomes falou sobre o fato de dois jovens terem sidos flagrados fazendo sexo dentro do avião DC-Douglas, em plena luz do dia, “lamentável o local tem que voltar a ter guardas como tinha em outras gestões”, disse. A vereadora parabenizou o padre Izaias pelo brilhante evento realizado pela igreja católica, denominado semana da família. A vereadora ainda afirmou que o secretario de saúde iria comprar um tablet para cada agente de saúde, “para poder fazer a fiscalização se eles estão trabalhando, se não tem dinheiro para comprar medicamento vai ter dinheiro para comprar tablet para monitor os funcionários?”, criticou.

Charles Miranda disse que a luta dos agentes de saúdes é válida e que “têm que realmente correr atrás dos seus direitos”, disse ainda que a categoria tem que tentar ganhar o direito a insalubridade e periculosidade, não só o da saúde, mas todos os funcionários públicos. Ele pronunciou também sobre a necessidade da criação de um novo código tributário “pois o nosso está defasado”, disse.

Rogerio Colichio falou que depois de um ano e meio o prefeito realizou uma reunião com todos os vereadores, e que a Lei Orgânica do município prevê a realização de uma reunião uma vez a cada semestre. Falou também da preocupação com o possível atrasa salarial, na saúde e educação, devido a prefeitura estar sem dinheiro e cobrou uma reforma administrativa o mais rápido possível e que os cargos de confiança deveriam ser extintos.

Bernardo Patricio falou sobre o código tributário de Alta Floresta e que a população tem que participar dando sugestões e críticas, falou também sobre a saúde, sobre as 10 UTIs, que virão para Alta Floresta, “se será instalada no Hospital Regional ou em um Hospital Particular”, e quer saber como que vai funcionar, se“todos terão direito a usar a UTI”. Ele pediu para que fosse marcada uma reunião com o diretor do Hospital Regional para ele explicar aos vereadores a situação das UTIs. Falou também sobre o asfalto do Jardim Panorama, que é 100% gratuito, e pediu a secretária de saúde que desmembrasse o posto de Saúde do Bairro, que hoje atendo os moradores do Jardim Panorama e Primavera.

Tuti pediu que o executivo arrumasse o mais rápido possível o lixão da primeira norte, que não tem condições de ninguém morar no local devido a fumaça e poeira. O vereador também falou sobre a vinda do médico legista a Alta Floresta, mas reclamou da demora na liberação dos corpos, para a família velar e sepultar. Descaso por parte do servidor que não quis fazer a necropsia na noite de domingo, quando aconteceu a fatalidade, segundo vereador o medico só fez o atendimento na manhã de segunda-feira.

O vereador Reinaldo de Souza, o Lau falou sobre contratação dos maquinários e esclareceu que o executivo só tem alugado “um ônibus, que faz o transportes dos atletas, dois tratores, uma caminhão que está na poda de árvores, 5 caminhões pipas e uma pá carregadeira”, afirmou, comparando com a administração passada, “três vezes menos que na administração anterior”. Ele falou também que os vereadores tem a obrigação de aprovar a lei que beneficia os agentes de saúde, porque é um direito dos agentes. Lau falou ainda que conseguiu do governo do estado, 20 mil litros de diesel, para ser feita a recuperação MT 325 e MT 010 e outras vicinais do município.

O presidente da Casa, Emerson Machado falou sobre a ampliação de mais três salas no prédio da Câmara e convocou para todas as segundas-feiras as 9 horas da manhã, reunião com os vereadores para debater a pauta de terça-feira. Falou também sobre a saúde, afirmando que “não é só Alta Floresta que está ruim é o pais inteiro” e reconheceu que “os vereadores são limitados não tem autonomia para fazer nada”, disse.

José Ronaldo/O Diário