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Kariny Santos
O Brasil inteiro está na guerra contra o mosquito Aedes aegypti causador da dengue, zika vírus e febre chinkunguya. Se antes o brasileiro estava acostumado somente com a dengue que não deixa sequelas, hoje a preocupação é muito maior, as outras duas doenças são mais agressivas e podem deixar sequelas, uma delas são em bebês ainda em formação na barriga da mãe, a microcefalia.
Todos os municípios foram convocados a entrar na luta para combater o mosquito, Alta Floresta não foi diferente e montou uma força tarefa em parceria com empresas privadas que se engajaram no projeto e cederam maquinários para contribuir com a limpeza dos bairros. Mas somente o esforço do poder público não é o suficiente para vencer o temido mosquito. A população precisa fazer a sua parte e contribuir com no mínimo mantendo o seu quintal livre de qualquer objeto que possa acumular água e ser um criadouro do mosquito.
A população e altaflorestense vem adotando novos hábitos para combater o mosquito, as medidas preventivas são fundamentais para controlar a doença que tem crescido assustadoramente deixando sequelas, algumas irreversíveis como é o caso da microcefalia. A preocupação com a doença preocupa outros países, que já orienta as pessoas a evitarem a vinda ao Brasil neste período de epidemia.
Prevenir é o melhor remédio, cuidar do seu quintal e do vizinho, aderir ao uso de repelentes, usar roupas que cubram o corpo já constam na lista dos cuidados diários dos altaflorestenses. O aposentado Onor Tenório dos Santos, 67 anos, morador do setor industrial apesar de morar sozinho cuida de seu quintal diariamente limpando-o todos os dias e passando veneno, mas para ele não adianta apenas alguns fazerem a sua parte. “Como eu cuido do meu quintal da minha casa, os outros tem que cuidar da deles, o que pode resolver isso não é o governo é o próprio proprietário e moradores das casas cada um ter sua consciência limpa e prevenir ele e o próximo”, recomendou Tenório.
A maior preocupação é com as mulheres grávidas, idosos e crianças que geralmente possuem uma imunidade menor, segundo a professora Selma Soares, moradora do bairro Araras, muitas crianças já estão faltando às aulas por ter contraído uma das três doenças. “A gente está tendo muitos casos na escola, crianças faltando por conta desta doença. Os filhos a gente alerta para fazer a parte deles, se as mães não estão em casa, para eles (filhos) cuidarem para as mães, porque vem com vários tipos (as três doenças) então está bem difícil”, observou.
Qualquer pessoa que sentir os sintomas das doenças, a orientação é para que procure o posto de saúde mais próximo de sua residência, as consequências causadas pelo mosquito em relação as duas últimas doenças vírus zika e febre chinkuguya é desconhecida. Cientistas trabalham para encontra a vacina e os médicos ainda estão fazendo o levantamento das sequelas da enfermidade.
Há suspeitas de relação do vírus da zika com outras doenças. Pacientes estão sendo diagnosticados com três doenças diferentes, Síndrome de Guillain Barré, Encefalite e Encefalomielite. O que tem preocupado os cientistas é a possibilidade do vírus da zika ser o causador do aumento do número de casos dessas doenças em adultos.
O neurologista da UFF, Osvaldo Nascimento em entrevista ao programa Fantástico da Rede Globo, disse que é preocupante o crescente número de casos em tão pouco tempo. “Se anteriormente em adultos nunca vimos um crescimento tão rápido dessas doenças em tão curto espaço de tempo, provavelmente há uma relação com o agressor e no caso é a infecção pelo vírus zika que deve tá deflagrando essa situação”, disse o neurologistas.
Alguns pacientes que são diagnosticas com zika, já desenvolveram uma das três doenças. Perca dos reflexos, dormência nas mãos, dificuldade de falar e andar e fraqueza nas pernas são alguns dos sintomas relatados pelos pacientes. Diante disso o neurologista orienta os pacientes que ao sentirem os primeiros sintomas, procurem um médico porque quanto antes for diagnosticado, mais chances de recuperar 100%.
