Júnior Pereira Leite, 79 anos, morreu vítima da covid-19 na madrugada desta terça-feira (23), no Hospital Kara José, em Novo Horizonte do Norte (670 km ao Norte de Cuiabá), onde foi prefeito em três mandatos.
Júnior foi o décimo prefeito vítima fatal da doença em Mato Grosso.
Ele era pai do prefeito do município, Silvano Pereira Leite, que, no ano passado, se reelegeu ao cargo quando se encontrava contaminado pelo vírus e internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Capital paulista.
No dia 15 deste mês, Júnior testou positivo e estava internado desde o domingo (21), no Hospital Municipal Kara José, onde sofreu parada cardíaca na madrugada de hoje.
Segundo a família, na véspera da morte, Júnior tinha comprometimento pulmonar de 40% e seu médico recomendou que o mesmo foi removido para um hospital estruturado.
A primeira tentativa foi em Juara, onde a única unidade hospitalar não tem UTI, mas não havia leito disponível na enfermaria.
Familiares buscaram leito vago de UTI em Sinop, Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Cuiabá e Várzea Grande, mas não o encontraram.
Júnior foi o primeiro prefeito do município e, depois, se elegeu mais duas vezes ao cargo.
Era casado, deixa a viúva Francisca Marlene, nove filhos, 12 netos e um bisneto.
Antes de Júnior, a doença levou à óbito os ex-prefeitos Sandoval Nogueira de Moraes (Ponte Branca), Jonir de Oliveira Souza (Barra do Garças), Antônio Ribeiro Torres (Barão de Melgaço), Mauro Valter Berft (Campo Novo do Parecis), Saturnino Masson (Tangará da Serra), Odoni Mesquita (Torixoréu), Lindberg Nunes Rocha (Poxoréu), Frederico Campos (Cuiabá) e Raimundo Zanon (Itaúba).
A doença também contaminou os ex-prefeitos Maurício Tonhá e Mauro Rosa (ambos de Água Boa), Jayme Campos e Júlio Campos (ambos de Várzea Grande), Mauro Mendes e Wilson Santos (ambos de Cuiabá), Zenildo Sampaio Pacheco (Nossa Senhora do Livramento), Luiz Binotti (Lucas do Rio Verde), Max Russi (Jaciara), Hilton Campos e Altir Peruzzo (ambos de Juína), Demilson Nogueira (Ponte Branca), Nininho e Humberto Bortolini (ambos de Itiquira), Fábio Junqueira (Tangará da Serra), Adilton Sachetti e Carlos Bezerra (ambos de Rondonópolis), Cidinho dos Santos (Nova Marilândia), Hélio Vitorino (Querência), Valmir Moretto (Nova Lacerda), Wemerson Adão Prata (Salto do Céu) e Valdir Barranco (Nova Bandeirantes). Barranco está numa UTI do Hospital do Coração (Incor) na capital paulista.
Dos ex-prefeitos contaminados, Mauro Mendes (DEM) é governador; Jayme Campos (DEM) senador; Carlos Bezerra (MDB) deputado federal; Max Russi (PSB), Nininho (PSD), Wilson Santos (PSDB), Valmir Moretto (PRB) e Valdir Barranco, são deputados deputado estaduais; e Demilson Nogueira (Progressistas) vereador por Cuiabá.
A doença contaminou 10% dos 141 prefeitos mato-grossenses.
Esse grupo é formado por Geraldo Ramos (Vale de São Domingos), Léo Bortolini (Primavera do Leste), João Bang (Nova Xavantina), Zé Carlos do Pátio (Rondonópolis), Fábio Faria (Canarana), Moisés dos Santos (Juscimeira), Silvano Neves (Novo Horizonte do Norte), Kalil Baracat (Várzea Grande), João Cleiton (Canabrava do Norte), Zé Bueno (Campinápolis), Zé Maranhão (Alto Boa Vista), Júlio César dos Santos (Apiacás), Carlos Alberto Capeletti (Tapurah) e Leandro Félix (Nova Mutum).
No ano passado, Fábio Mauri Garbugio, prefeito de Alto Taquari, na tríplice divisa MT/GO/MS, morreu numa UTI de um hospital em Goiânia (GO), vítima da Covid-19.
Fonte Diario de Cuiabá