Bruno Felipe / Da Reportagem
Dois casos suspeitos de raiva bovina foram registrados no município de Apiacás nos últimos dias. Segundo o Chefe da unidade do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) em Alta Floresta Anselmo Loose, após avaliação ambos os casos foram confirmados como sendo raiva bovina. O primeiro caso ocorreu no dia 19 de dezembro e o outro já em 10 de janeiro deste ano. Logo na descoberta do primeiro caso, o INDEA iniciou um monitoramento das propriedades.
Em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário, Anselmo explicou que quando existe a confirmação de fatos como esses, todas as propriedades num raio de 12km são notificadas para vacinarem o seu rebanho. Neste caso, o “perífoco” (como é chamado o raio de 12km) compreende cerca de 350 propriedades. Os produtores notificados devem realizar duas vacinas (uma a cada 30 dias) obrigatórias em seus rebanhos. Lembrando que após as duas vacinas aplicadas, o produtor deverá fazer a comunicação junto ao Indea.
Conforme Anselmo, nos casos relatados, as transmissões ocorreram através de morcegos hematófagos que acabaram passando a doença ao animal pela saliva, após serem mordidos. Anselmo disse que ficou na região durante 15 dias acompanhando os dois casos de perto, sendo que um outro funcionário do Indea ficou no local para realizar a captura dos morcegos.
Na propriedade do segundo caso, o animal acabou morrendo no domingo, onde foi coletado material para análise e o resultado confirmou o segundo caso de raiva. Anselmo orienta que caso o produtor observe sinais nervosos nos animais, como alteração de comportamento, andar cambaleando, que não manipule o animal e que procure o Indea de imediato para que se faça uma avaliação. Anselmo ressaltou que a situação está controlada, mas alerta os produtores que estão no raio de 12km da propriedade onde foi detectado a doença, que não espere a notificação do Indea, mas sim que acione o órgão ambiental para vacinar o seu rebanho.