Alta Floresta está crescendo, isso não gera mais dúvidas em ninguém. Todos os dias se tem notícias de pessoas, empreendimentos, investimentos, chegando de todas as formas. Já falamos várias vezes sobre isso. Somente em termos de loteamentos, são mais de 20 novos nos últimos cinco ou seis anos, somados aos já existentes, dá um número de bairros considerável, nem sei quantos e portanto não arriscarei chutar um número aqui, até porque não é este o objetivo deste texto.
O que temos aqui para perguntar é: Quanto Alta Floresta e seus (nós) moradores estão (amos) preparados para este futuro que chegou?
Na zona rural, a gente já sabe, são inúmeras as dificuldades. Plantadores de grãos, por certo, deverão ter problemas no período de chuvas, que está no começo, para tirar suas safras.
E quanto à zona urbana, será que estamos preparados para o fluxo de carros que só aumenta?
Penso, tristemente, que não.
No dia a dia da cidade, quem precisa de fazer algo com alguma agilidade especialmente nos chamados horários de pico, têm dificuldade. Já tem até engarrafamento. Longe ainda (graças a Deus) daqueles que se vê nas grandes metrópoles, mas já tá dando um “strezinho”
Só que tem outra coisa que preocupa, a falta de respeito de alguns motoristas. Vou tratar aqui de um único caso, mas você que está lendo, se quiser, pode multiplicar, afinal, sei que isso ocorre em vários pontos da cidade, especialmente perto de bancos e de escolas.
O caso que relato ocorreu ontem no estacionamento da Caixa Econômica. Um cidadão (tenho fotos, mas não penso em identificar a pessoa, porque não adiantaria e ainda criaria mais dissabores) com uma camionete simplesmente “cruzou” o carro na saída e partiu para o atendimento. Ninguém conseguia sair pela “saída”, só dando ré, “pela entrada”, porque não tem como manobrar, e ainda assim criando dificuldades para quem estava de fato entrando no estacionamento.
A Caixa Econômica tem sua responsabilidade. Deveria no mínimo ter um funcionário cuidando, orientando, explicando aos desavisados que não podem fazer o que querem, afinal, estamos em sociedade e este tipo de atitude em nada ajuda a vida em conjunto.
Aliás, a CEF continua no mesmo erro denunciado há vários anos, quanto a uma arvore bem em frente ao estacionamento preferencial, ou seja, se a pessoa que tenha direito ao estacionamento preferencial chegar, terá que utilizar a área comum, ou “desviar” a arvore.
Alta Floresta está crescendo, isso não gera mais dúvidas em ninguém. Mas deveria crescer na mesma proporção a responsabilidade de todos nós, de vida em sociedade, com respeito aos direitos dos outros e claro, olhar direcionado aos nossos deveres.
Alta Floresta está crescendo, isso não gera mais dúvidas em ninguém.
PS:. Ouvi ao menos uma dúzia de pessoas reclamando da postura do cidadão, até uma pessoa que, no melhor estilo do Brasil atual, de justiçamento, bradou, “é nestas horas que me dá vontade de furar o pneu de uma pessoa dessas”.
Digo aqui, não tenham este tipo de vontade. Problemas como estes são próprios de cidades que estão crescendo, e Alta Floresta está crescendo, isso não gera mais dúvidas em ninguém.