Bruno Felipe / Da Reportagem
Os cerca de 100 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Alta Floresta poderão ficar sem atendimento nos próximos meses devido à falta de repasses de verba do governo do estado de Mato Grosso. A reportagem do Jornal O Diário apurou que neste ano, até o momento, nenhum recurso foi enviado para a unidade. O problema nos repasses do governo afeta também todas as APAE’s espalhadas pelo estado. Em Tangará da Serra, por exemplo, a unidade já comunicou aos pais que deve demitir funcionários e parar o transporte escolar.
De acordo com o vice-presidente da APAE de Alta Floresta, Marcelo Weber, o convênio entre as APAE’s e o governo do estado é feito anualmente e cada unidade encaminha suas propostas para assim a verba ser liberada, ocorre que, segundo Marcelo, nem mesmo o portal para que os presidentes possam enviar as propostas foi aberto pelo governo. “A perspectiva é que o governo do estado, se não tirar o pé no chão, vai pagar lá para o final do ano, e daí como se mantem a APAE? Por máximo de amor pela causa que se tem, como que as pessoas trabalham sem comida em casa e sem receber, então está muito difícil a situação”, explicou Marcelo em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.
Ele ressaltou que, por ano, a unidade gera um custo em torno de R$700 mil e se mantém com recursos advindos do governo federal, através do FUNDEB, que por meio de um termo de cooperação com a Prefeitura Municipal, este recurso é remanejado em servidores para atuarem na unidade. Marcelo afirmou que mesmo com o atraso nos repasses, a APAE do município poderá se manter até o final do ano com os atendimentos normais, uma vez que os responsáveis não ficarão de braços cruzados e irão promover ações sociais para alavancar recursos com o apoio da sociedade.