Durante a safra 2016/17, Mato Grosso negociou 8,6 milhões de toneladas de milho por meio dos leilões promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As negociações vem ocorrendo desde o início do ano, pois o cereal estava sendo vendido abaixo do preço mínimo estabelecido para Mato Grosso, que é R$ 16,50, segundo informa a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja-MT).
A entidade destaca que quase 30% da produção foi vendida com o auxílio dos leilões. Para o presidente da Aprosoja, isso trouxe benefícios e desvantagens para o produtor. “Com os leilões, pelo menos o produtor atingiu o preço mínimo. Ele só não teve lucro porque o custo do plantio foi bastante alto”, destaca, em nota, o dirigente.
O Pepro foi a modalidade que mais alavancou o mercado com negociação de 6,3 milhões de toneladas e, no PEP, foram mais 1,3 milhão de toneladas. Já por meio do COV foram negociados 37.000 contratos, que equivale a 999 mil toneladas de milho.
Os mecanismos disponibilizados pelo governo são importantes para mitigar as perdas do produtor neste momento do mercado em que os preços estão muito abaixo do ponto de equilíbrio. Sem os mesmos, os produtores poderiam amargar severos prejuízos, podendo comprometer a permanência de muitos na atividade.