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Professora “expulsa” da sala de aula diz que foi humilhada

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A polêmica envolvendo a professora da rede municipal de ensino, Crislaine Lopes da Silva, 24 anos e a diretora da Escola Municipal de Educação de Infantil Arte de Aprender, Lilian Sayuri Ono, ao que tudo indica começará a ter um desfecho nesta segunda-feira, 18, quando deverá ser apresentado o posicionamento da Secretaria de Educação em relação ao fato ocorrido na escola na ultima terça-feira, 12. A professora acusa o controlador interno da prefeitura Herbert Villaruel e a diretora da instituição de te-la expulsado da sala de aula.

A professora Crislaine trabalha no município há seis anos com contrato na Escola Municipal Paulo Pires e “às vezes” fazia substituição em outras escolas. Este ano, como não conseguiu pontuação suficiente para a Escola a qual sempre trabalhou, entrou no bolão e posteriormente foi para lista de pontuação da Secretaria de Educação, que foi quem a designou para a Escola Arte de Aprender.

Desde que chegou à escola, a professora disse que já não foi bem recebida pela diretora. Segundo Crislaine a gestora teria lhe perguntado, “porque você não trocou, porque você não falou que não queria vim para cá?”. A vaga de 40 horas se deu pela desistência de uma outra professora. “Lá tinha 40 horas pra mim, misteriosamente só apareceu 20, aí eu pude pegar só 20 e outra funcionária pegou as outras 20 horas”, denunciou a professora.

Crislaine disse não entender o porquê de a gestora não ter gostado que ela pegou as aulas na escola já que não a conhecia. “Eu nem conhecia ela, eu nunca nem tinha visto falar na pessoa”, afirmou. Desde o início das aulas em fevereiro a professora exercia suas atividades na escola até a semana passada quando foi “expulsa” da sala de aula.

Segundo Crislaine na semana anterior a diretora levou um documento e pediu para os demais professores assinarem para manda-la embora, diante disso procurou a presidente do conselho da escola e solicitou uma reunião para tentar solucionar o problema. Na quinta-feira, 07, aconteceu a reunião com tudo registrado em ata onde ficou decidido que ela retomaria normalmente as atividades.

Na última segunda-feira no final do expediente a diretora apresentou o distrato de contrato para Crislaine assinar, diante da recusa em assinar o documento a diretora comunicou que testemunhas assinariam e ela estava sendo mandada embora. “Eu falei não vou assinar, ela alegava que a Lenita (Kroker, secretária de educação) tinha me mandado ir embora, na terça-feira eu fui cedinho na secretaria de educação conversei com a Lenita, a Lenita disse que não estava sabendo de nada que a diretora não tinha passado essa situação pra ela e que era pra mim ir trabalhar normalmente”, afirmou.

Em conversa informal com a Secretária de Educação, Lenita Kroker, disse que a diretora da escola Lilian Sayuri Ono, nunca tinha levado o caso ao seu conhecimento e que durante esse semestre a diretora só esteve uma vez na secretaria e que a diretora estava levando os problemas que é de competência de sua pasta para o controlador interno do município.

Lenita confirmou que a professora Crislaine esteve na Secretaria e que foi orientada a voltar a sala de aula até que tomasse conhecimento e averiguasse a situação. Na terça-feira, 12 quando voltou para a escola a diretora pediu que ela se retirasse pois não fazia parte do quadro de funcionários, mesmo sendo informada ter retornado por ordem da secretária de educação, Lilian não aceitou e chamou o controlador interno da prefeitura Hebert Villarruel para tirá-la da sala.

“Passaram 10 minutos aí veio o funcionário da prefeitura e falou que era pra mim sair da escola, que era me retirar que eu não fazia mais parte da escola, eu fui me justificar que a Lenita me mandou vim pra cá, ele disse que na escola quem manda é a diretora, e partir de hoje na sua sala quem manda é a diretora, eu quero que você se retire da escola, eu não pude nem falar nada com as crianças, eu estava na porta de pé acolhendo as crianças”.

Todo o ato foi acompanhado pelos pais que entravam e saiam para deixar os filhos. A professora disse que Hebert foi grosseiro e o tom de sua voz era de autoritarismo. “Ele não foi educado como ele diz, ele fala que jamais me tirou da sala, mas mesmo que ele fale que não foi expulsão, foi expulsão porque eu não pude me despedir, eu não pude pegar as minhas coisas na escola, tanto que eu pedir para as professoras guardar pra mim até se resolver”.

Indignada com o que aconteceu Crislaine registrou um Boletim na Polícia e entrou com uma ação contra o controlador interno da prefeitura e a diretora da escola. Para a professora que nunca teve problemas anteriores foi humilhante. “Humilhação, porque não é de hoje que a gente trabalha no município, a gente passar por tudo isso é humilhante, porque foi na frente das minhas crianças, ele não me chamou pra fora, ele fez tudo isso na frente das minhas crianças, não respeitou as crianças, não respeitou os pais que estavam passando na porta, não me respeitou, então fica bem humilhante pra gente ter que passar por essa situação”, reclama.

Na quinta-feira, 14 aconteceu uma reunião com o conselho e a direção da escola a pedido dos pais, na sexta-feira outra reunião aconteceu na secretaria de educação, e hoje, segunda-feira, às 9 horas acontecerá mais uma, somente após a secretária Lenita Kroker irá se pronunciar sobre o assunto.

Na sexta-feira, a redação foi até a escola para conversar com a diretora Lilian Sayuri Ono, que não estava no local, a secretária ligou para a mesma informando que o Jornal O Diário estava aguardando ela, mas fomos informados que ela não voltaria mais naquele dia para a escola. Já o controlador interno no município, Hebert Villarruel, não foi encontrado na prefeitura.

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