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Por intransigência de um dos autores, Câmara estende discussão sobre projeto sem interesse social

O Projeto de Resolução nº 001/2014 que “dispõe sobre o horário de realização das sessões ordinárias da Câmara Municipal”, de autoria dos vereadores  Rogerio Colicchio, Eliza Gomes e Charles Miranda, deu o que falar na sessão de ontem e a discussão demorou mais de uma hora com vereadores usando a tribuna e voltando para reforçar suas posições. Intransigente, um dos autores do projeto, vereador Rogerio Colicchio, chegou a dizer, depois de quase 40 minutos d discussão, que não voltaria atrás e não iria retirar a matéria, solicitação que havia sido feita pelo vereador Tuti.

O primeiro a falar sobre o projeto foi o vereador Paulinho Jiló que lembrou que já houve uma experiência no passado que não foi bem aceito pela comunidade, mas disse que queria fazer um teste. “Já foi feito esse teste e não tem colhido êxito na Casa de Leis, eu até respeito e eu também lembro, mas eu to no primeiro mandato e queria fazer um teste, sabendo que vai ser puxado para os funcionários desta casa de leis”, disse.

O autor, Rogério Colicchio reconheceu a experiência do passado, mas disse que agroa os tempos são outros.  “Entendo que os momentos que vivemos no passado, era outra momento. Nós tem que dar oportunidade às pessoas, esse momento em que nós estamos vivendo, realmente escolher se ela vai fazer esse papel de cidadão, ou se vai ficar inerte diante das situações”.

O vereador Tuti foi enfático com sua preocupação. “Quarta feira é dia de jogo da copa do Brasil, campeonato brasileiro, se vocês estão esperando público aqui, vocês esquecem”, afrimou, dizendo que preocupava-se também com a questão dos funcionários.

Já Reinaldo de Souza, o Lau, afirmou que a sua maior preocupação é quanto á participação de pessoas da zona rural. Em quase todas as terças feiras tem gente da zona rural na Casa, e a experiência do passado ja diz que dificilmente dará certo. “Estou há aproximadamente 10 anos nesta Casa. Já foi passado pra algumas vezes para o período da noite, já foi passado pra segunda-feira, terça feira e sexta-feira e nenhum dia deu público. Muitos produtores rurais gostam de vir na sessão e com certeza serão penalizados”, afirmou.

Para a vereadora Eliza Gomes,  é uma “discussão tão sem necessidade, porque o que está sendo proposto é uma experiência de dois meses, sessenta dias, para atender a uma população que pede para que as sessões venha acontecer a noite”, disse.

O vereador Mendonça foi bem categórico ao perguntar se a mudança de horário iria de farto mudar os rumos de Alta Floresta. “Se o problema no nosso município fosse mudar esse horário, tenho certeza que esse projeto era muito importante, mas é um projeto simples”, criticou.

Elói Crestani também expos sua opinião, discordando da simplicidade do projeto, afirmando que a matéria é “de suma importância, e nós temos que atender a população. Nós vamos buscar uma forma transparente para que possamos, a Câmara voltar a ter crédito, porque hoje a Câmara não tem credito perante a população”, disse.

Diante de tantas discussão em torno da matéria, Colichio retornou, pela quarta ou quinta vez à Tribuna e reafirmou que não iria tirar o projeto. “Não quero aqui ser ignorante, nem nada neste sentido, me desculpe senhor vereador, mas não vou retirar esse projeto pra gente discutir”, intransigiu.

O vereador Dida Pires disse que era favorável aos seus companheiros, mas também recordou da expereicnia negativa do passado. “No passado não funcionou, em quatro legislaturas se tentou e não teve, começou com um publico razoável e depois tinha que dia que (vinha) uma pessoa ou duas”, lembrou.

O vereador Bernardo Patrício se disse favorável, porem não concorda com a quarta-feira, “eu gostaria que fosse discutido o dia. A segunda feira eu acho que será o melhor dia das reuniões”, disse.

Tanta discussão sem que o projeto tomasse um rumo, coube ao presidente Emerson Machado resolver a questão. Ele foi à Tribuna e lembrou que uma das autoras, vereadora Elisa, experimentou uma dose de democracia ao ter um pedido seu atendido pela presidência da casa. “A vereadora Elisa pediu pra não marcar sessão extraordinária na quinta feira porque ela trabalha, isso eu tenho feito, não marquei mais extraordinária na quinta feira, porque prejudica ela. Porque prejudicou ela a gente mudou, vai prejudicar algumas pessoas, acho interessante se todo mundo sentar e mudar”, disse.

Até que Rogerio abriu mão de sua posição radical e, uma hora depois, foi á Tribuna e pediu a retirada do projeto. “Todos estão favoráveis, né? Talvez a data de quarta feira não atenda todos os anseios”, e tirou o projeto.

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