Diante da queda no número de casos de covid-19 no Estado, o Governo do Estado já se prepara para desativar alguns leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), instalados para atender pacientes acometidos pelo vírus. O secretário de Saúde Gilberto Figueiredo (DEM) afirma que inicialmente serão desativados 130 leitos.
Segundo o democrata, eles serão transformados em leitos convencionais para atender outras especialidades. Atualmente, Mato Grosso possui aproximadamente 600 leitos de UTI exclusivos para atender pacientes infectados pela covid-19.
Deste montante, cerca de 300 leitos são bancados pelo Governo com o auxílio da União. Os demais foram contratados de forma particular, os quais devem ser desativados de forma definitiva.
“No estado de Mato Grosso, com aquisição que nós fizemos, temos mais de 300 leitos de UTI covid para se transformar em leitos de UTI convencional, ou vocacionada dentro de alguma especialidade que a gente necessite como cardiológica, neurológica, enfim. Se podemos dizer que há legado, é o fato de que aquilo que adquirimos para esse enfrentamento vai continuar servindo a saúde”, explicou.
O integrante do primeiro escalão estadual afirma, contudo, que a desativação ocorrerá de forma gradativa, e garante que caso o número de infectados voltem a crescer no estados, os leitos serão reativados.
“Nós não estamos falando em desativar leitos para que a nossa taxa de ocupação chegue a 100%. Nós estamos prevendo, em uma primeira etapa, desativar cerca de 130 leitos. Isso, automaticamente, eleva a nossa taxa de ocupação a 65%, aproximadamente. E 65% ainda é uma margem segura, ainda teremos uma gordurinha para queimar caso tenha um acréscimo de casos”, disse.
Para Gilberto, essa medida é necessária, tendo em vista o alto custo dos leitos para os cofres públicos. “Nós temos hoje mais de 250 leitos vazios de UTI pela queda da hospitalização. Nós vamos desativar, deixar de ter esse custo, para ampliar leitos de uti em outras especialidades. E aí já não é um leito de uti covid, mas podem ser leitos convencionais”, finalizou.
Kamila Arruda/Diário de Cuiabá