Os prefeitos da região do extremo norte de Mato Grosso, que engloba Alta Floresta, Carlinda, Paranaíta, Apiacás, Nova Monte de Verde e Nova Bandeirantes, retomaram as atividades do CDIVAT (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social do Vale do Teles Pires) e realizaram na manhã desta quarta-feira, 14, duas reuniões, uma de ordem técnica e restrita aos prefeitos e seus assessores e outra pública com a participação da imprensa, vereadores, empresários e população local. A reunião ocorreu no salão de eventos do CRAS de Paranaíta. Todos os prefeitos dos seis municípios se fizeram presentes. A presidência do CDIVAT está a cargo do prefeito de Nova Monte Verde Edemilson Marino.
Durante os discursos, era nítida a expectativa dos prefeitos em relação às possibilidades que se abrem com a retomada do CDIVAT, já que o grande objetivo é dar força aos prefeitos nos pleitos junto às autoridades estaduais e federais. “Juntos somos mais de 150 mil habitantes”, disse o presidente do CDIVAT, Edemilson Marino. Da reunião técnica foi lavrada uma ata que será levada ao conhecimento do Governador Mauro Mendes em que são elencadas prioridades de investimentos, como na área da saúde, com especial atenção à retomada das cirurgias eletivas, na área econômica, com o pedido para que seja elaborada uma legislação para dar suporte aos produtos que têm origem no estado do Pará, mas que utilizam o estado de Mato Grosso (Paranaíta) para escoamento.
Também foram elencadas prioridades nas áreas de regularização fundiária, segurança pública, tecnologia de produção e infraestrutura.
Há diversos “pedidos de socorro” na pauta elencada pelos prefeitos. Mas sem dúvida, é na infraestrutura que reside as maiores queixas dos prefeitos. A região tem chamado a atenção de grandes investidores. Nos últimos anos, além das grandes plantações, a região foi agraciada com a construção de vários armazéns para dar suporte à produção. Porem, o produtor rural, seja o grande investidor ou aquele de depende da agricultura familiar, precisa de investimentos em infraestruturas.
Ao apresentarem a demanda aos governantes, os prefeitos irão demonstrar a necessidade de investimentos em pavimentação das principais rodovias que cortam as cidades da região e fazem a ligação até a BR 163, ponto de escoamento da safra para os portos.
No documento que será enviado ao Governo, estão identificadas as pontes sobre o rio Paranaíta na MT 208, sobre o rio Apiacás e sobre o rio Juruena, também na MT 208, Ponte de concreto sobre o rio Teles Pires na MT 416, na balsa do Cajueiro.
A pauta também abrange necessidade de investimentos nas áreas de segurança no transito, com a construção de um rodoanel na entrada de Alta Floresta, para viabilizar melhor o tráfego de veículos no entroncamento de entrada da cidade e na área de mineração, com a liberação da jazida de calcário na cidade de Apiacás, apontada com a redenção de toda a região.
“Eu acho que neste momento em que a gente está encerrando uma pandemia e está começando um novo ciclo para a região, este novo ciclo e é de união política em torno do seu desenvolvimento, nós somos a região da bolada da vez, sem união a gente não chega a lugar nenhum”, disse Osmar Moreia, prefeito de Paranaíta.
“As demandas que nós temos são demandas semelhantes”, disse o prefeito de Alta Floresta Valdemar “Chico” Gamba. Segundo Gamba, uma das principais pautas é quanto a construção do anel viário na entrada da cidade de Alta Floresta, que deverá dar maior tranquilidade aos motoristas que utilizam da via pública, “sabemos que a Via Brasil que ganhou a concessão pra cuidar da MT 208, nós sabemos que tem um prazo mas vamos cobrar que se adiante esse prazo para construção, porque estão acontecendo muitos acidentes”, afirmou.
Para Edemilson Marino (Nova Monte Verde), a retomada do CDIVAT é fundamental para a região, inicialmente a proposta de retomada do Consorcio foi no sentido de destinar equipamentos para atuar na região, no entanto há uma predisposição do governo em dar suporte aos consórcios no sentido de trazer obras para as cidades. “A gente percebe que há uma mentalidade de desenvolvimento em todos os prefeitos, e a gente aceitou esse desafio (de ser presidente do CDIVAT) justamente pelo apoio destes prefeitos, a palavra aqui é unânime, se for benéfico para a população, para a região está acatado”, afirmou Marino.
Segundo o prefeito de Nova Bandeirantes, César Augusto Périgo, a união deverá ser uma marca do CDIVAT. Ele elogiou o entendimento dos prefeitos no sentido de encontrar soluções regionais que atendam a todos os municípios. “A união ela faz a força, as vezes eu tenho uma ação que eu não consigo executar, mas os vizinhos vão me ajudar e sei que isso faz a diferença, esses seis municípios, junto ao governo doe estado, junto ao Governo Federal, poderemos elaborar projetos que venham solucionar os problemas da região”, afirmou.
Para o prefeito de Apiacás, Julio Cesar dos Santos, o CDIVAT será fundamental para alavancar a região. Segundo Julio Cesar, antigamente o CDIVAt era visto apenas como um consorcio para disponibilizar maquinários para a região, mas, para ele, há uma nova visão sobre a importância do consorcio, que posta em prática, trará benefícios incalculáveis, “eu vejo como atrativo esta tocada que o governo do estado está fazendo que é distribuir as obras pelo consorci9o, desde asfaltamento urbano, calçamento, urbanismo, tudo pelo consorcio, o governo hoje busca tudo em parceira com os municípios e o consórcio veio para dar mais força para gente estar conseguindo buscar todos esses recursos”, afirmou.
Para a prefeito Carmem Martinez, de Carlinda, a união dos prefeitos em torno de bens comuns, é uma prioridade, “a união vai fazer a diferença, porque nós podemos mostraras nossas necessidades, levar as prioridades aos órgãos competentes para que podemos trazer o benefício para a população, mas pra isso acontecer é necessário que haja a união entre os seis municípios e que pontuemos quais são as propriedades do momento”, afirmou. A prefeita de Carlinda também elegeu o crescimento econômico da região como um ponto importante a ser observado pelos prefeitos do CDVAT.
Da redação Jornal O Diário