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Vacinação contra COVID-19 segue mais três faixas etárias com comorbidades

Após ter a vacinação nos últimos dias baseada praticamente nas doses da Pfizer, recém-chegadas ao Brasil, Minas começa hoje mais uma semana da campanha de imunização contra a COVID-19.

Em Belo Horizonte, nesta segunda, adultos entre 49 e 54 anos com fatores de risco da doença serão protegidos. É a retomada da aplicação naqueles com comorbidades, iniciada no sábado com a população entre 55 e 59. A faixa etária se aplica àqueles que vão completar tais idades até o fim deste mês. 

Ao mesmo tempo, em Minas, o estado inicia a distribuição de 64.350 vacinas da Pfizer para 47 prefeituras pré-selecionadas. O carregamento chegou ao estado na terça passada.

Na capital mineira, amanhã é a vez de vacinar pessoas entre 40 e 48 com fator de risco. Já na quarta, o cronograma da Secretaria Municipal de Saúde se volta àquelas entre 18 e 39 anos com alguma comorbidade.

Conforme determinação do Ministério da Saúde, a vacinação para gestantes e puérperas sem comorbidades está suspensa, informa a prefeitura.

A vacinação para esse público ocorre em postos fixos e extras, das 7h30 às 16h, e em pontos de drive-thru, das 8h às 16h. Os endereços estão disponíveis no portal da prefeitura.

A Secretaria Municipal de Saúde orienta que os usuários fiquem atentos aos locais de vacinação, já que por questões de logística os pontos são alterados frequentemente.

Além de ter preenchido o cadastro no site do Executivo municipal, o cidadão precisa apresentar documentos como exames, receitas, relatório médico e/ou prescrição médica. Os comprovantes devem conter o número do registro do respectivo conselho de classe, de forma legível, e ter sido emitidos em até 12 meses antes da data do cadastro.

Também deve-se levar documento de identificação com foto e comprovante de residência. Além disso, o cidadão não pode ter apresentado sintomas da COVID-19 nos últimos 30 dias nem ter tomado qualquer vacina nos últimos 14.

Todas as declarações apresentadas são de total responsabilidade da pessoa e de quem as emitiu. O cadastro será enviado aos órgãos de controle externo e, em caso de informações inverídicas, ficarão sujeitos às responsabilizações administrativas, civis e penais aplicáveis.

Belo Horizonte vacinou 739.545 pessoas contra a COVID-19 com a primeira dose até o último boletim epidemiológico, publicado na sexta. Outras 356.272 já receberam a segunda. Portanto, a capital mineira vacinou 36,3% do seu público-alvo com a primeira injeção. Por outro lado, 17,5% desse mesmo contingente completou o esquema vacinal.

Segundo números da prefeitura, 7.131 profissionais e moradores de asilos e residências terapêuticas públicas já tomaram a primeira dose do imunizante. Além deles, 168.078 trabalhadores da saúde, 14.440 servidores da segurança pública, 454.629 idosos acima de 60 anos e 95.267 pessoas do grupo de risco, gestantes e puérperas receberam a injeção.

A cidade recebeu 1.516.985 imunizantes para se proteger da COVID-19 até ontem: 808.565 da CoronaVac (Sinovac/Butantan), 545.676 da AstraZeneca (Oxford/ Fiocruz) e 162.744 da Comirnaty (Pfizer).

Em Minas, o estado informou que vacinou 4.450.039 pessoas com a primeira dose e 2.156.548 com a segunda. Os dados também são de sexta.

Novas doses

O Brasil recebeu, no fim da tarde de ontem, os insumos para produção de 12 milhões de vacinas da AstraZeneca/Fiocruz. A matéria-prima veio da China. O carregamento aterrissou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 17h54, segundo o Ministério da Saúde. A carga seguiu para Bio-Manguinhos, a unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz.

“A previsão inicial era de que apenas um dos dois lotes chegaria hoje, mas a Fiocruz e o Ministério da Saúde conseguiram antecipar a vinda do outro carregamento, que chegaria no dia 29 de maio”, informou a pasta no Twitter.

Com isso, está assegurada a produção de vacinas até a terceira semana de junho e entregas ininterruptas até 3 de julho. Ao todo, a Fiocruz já entregou ao Programa Nacional de Imunização (PNI) 41,1 milhões de doses. Os imunizantes da AstraZeneca só não são mais aplicados no Brasil que os da CoronaVac (Butantan/Sinovac Biotech).

As entregas são feitas toda sexta-feira, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, seguindo a logística de distribuição definida pela pasta. O protocolo em Minas Gerais é o mesmo de sempre: a carga chega à Rede de Frio, no Bairro Gameleira, Região Oeste de BH, e de lá segue para as superintendências e gerências regionais de saúde. Depois, cada prefeitura é responsável por resgatar seu estoque.

Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

·         Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

·         CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

·         Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

·         Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o ‘passaporte de vacinação’?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Gabriel Ronan – Estado de Minas

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