Bruno Felipe / Da Reportagem
Em decorrência do aumento no número de feminicídios ocorridos em Alta Floresta nos últimos dias (sendo que em menos de cinco dias duas mulheres perderam suas vidas vítimas da violência masculina), o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher veio à público se manifestar sobre os casos, através de uma nota publicada no site da Prefeitura Municipal.
Segundo a presidente do CMDM, Ilmarli Teixeira, além deste crime outros casos de violência também são registrados todos os dias em Alta Floresta, como por exemplo: estupros, assassinatos, assédios, entre outros que exigem dos Órgãos Públicos competentes ações estratégicas e Políticas Públicas que possam minimizar os altos Índices de Violência registrados também no Brasil, Estados e Municípios. “muitas mulheres ainda vivem na omissão de denunciar seus agressores; é preciso que estas se fortaleçam através de entidades que as representem, tomando coragem para fazer as devidas denúncias de assédios e violência, onde seus agressores sejam punidos. Diante do cenário dos Índices crescentes de todos os tipos e formas de violência contra a Mulher, precisamos unir forças de todos os segmentos que compõem a sociedade, viabilizando ações conjuntas para minimizar está triste realidade”, diz a nota.
O assunto foi tema de discussão na Câmara Municipal durante a sessão ordinária desta terça-feira, dia 17. O vereador Mequiel Zacarias (PT) levantou o tema e disse que apesar de estarmos no mês da mulher, o número de registros de violência de gênero no município só aumenta. Em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário, Mequiel disse que esta é uma pauta que o Executivo precisa priorizar, para que no mínimo, implante uma casa de acolhimento, pois um dos problemas dentro deste contexto está relacionado à onde a mulher irá ficar, uma vez que a maioria desse tipo de violência ocorre no meio familiar. “Essa casa de acompanhamento é indispensável para dar a segurança necessária para a mulher”, disse ele.
A vereador Elisa Gomes também fez o uso da tribuna para falar sobre a questão e levantou novamente a implantação de uma Delegacia da Mulher em Alta Floresta. Essa discussão vem desde o ano de 2006, de início o problema era a falta de efetivo e quando essa questão foi resolvida, outro problema surgiu que foi a mudança de governo do estado e tudo teve que ser começado do ‘zero’. “É bastante difícil, a gente percebe que não há uma prioridade dos governos, nem do Estado e nem do Município, em relação a defesa da mulher”, disse Elisa, em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário. Ela disse que tornou a enviar um oficio para a Secretaria de Estado de Segurança com cópias de todos os documentos que foram encaminhados naquela época para a construção da delegacia, para que novamente a implantação torne-se prioridade.
Lembrando que qualquer ocorrência relacionada a violência de gênero pode ser denunciada na polícia através do 190 ou também no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher através do número 3521-2086, a unidade fica localizada na rua B3 nº 50 Setor B, Anexo ao Prédio do Conselho Tutelar.