Bruno Felipe / Da Reportagem
Os ânimos de alguns vereadores se arrefeceram na sessão ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira, dia 26 de novembro durante a votação do Projeto de Resolução nº 003/2019. O projeto que parecia ter votação tranquila, altera alguns artigos do Regimento Interno da Câmara Municipal. Um deles em especial transfere o uso da Tribuna pela liderança do Governo Municipal na Câmara sempre após todos os vereadores terem se pronunciado, uma forma de dar possibilidade ao líder do Governo Municipal, que atualmente é a vereadora Cida Sicuto, de responder algumas questões levantadas pelos colegas parlamentares durante o decorrer da sessão. O Projeto é de autoria dos vereadores Emerson Machado, Cida Sicuto, Cidão, Luiz Carlos, Marcos Menin, Reinaldo de Souza (Lau), Mendonça e Demilson Nunes.
O vereador Marcos Menin, no uso da Tribuna, afirmou ser favorável ao projeto, alegando que a liderança de governo existe para defender o prefeito, “às vezes a politicagem é feita aqui dentro, de repente o tamanho da plateia, e aí ela tem como defender, se ela (vereadora Cida) é líder, ela está aqui para defender o prefeito e trazer a verdade”, afirmou durante seu pronunciamento. O vereador Dida Pires se pronunciou logo em seguida e afirmou que o termo do vereador Menin não caiu muito bem. “Politicagem só se for de parte de vossa excelência”, direcionou, “porque o que tratamos aqui é o respeito à sociedade e o trabalho com decência, agora vossa excelência que é da base já foi com certo tom de agressividade em virtude desse projeto, então o senhor está errado, se posicione no seu lugar e se atenha ao respeito com os companheiros”, disse Dida.
Visivelmente incomodado com a fala do colega parlamentar, Menin logo tomou a Tribuna novamente em seu direito de resposta. “Eu não usei o nome de ninguém, se a carapuça serviu eu não tenho culpa”, cutucou. O parlamentar ainda complementou, “eu só estou falando da minha parte, se eu fosse o líder, eu queria isso também; se eu estou defendendo uma pessoa eu vou até o final”, concluiu Menin. Apesar de ter sido aprovado, o projeto teve os votos contrários dos vereadores Elisa Gomes, Mequiel Zacarias e Dida Pires. Em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário, o vereador Mequiel afirmou que a alteração, especificamente sobre a fala da líder do governo, é uma forma de possível favorecimento. “Por exemplo, se você fala uma coisa e o líder do prefeito vai lá por último, sempre fala por último, vai ser como se ele sempre tivesse a razão, como se fosse a “última palavra”, disse ele.