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Presidente da COOPERALFA se solidariza com garimpeiros afetados pela ‘Operação Trypes’ em Aripuanã

Bruno Felipe / Da Reportagem

Após o desencadeamento da ‘Operação Trypes’, deflagrada pela Polícia Federal, ao menos uma pessoa foi detida em Alta Floresta e uma chegou a ser morta no garimpo ilegal do município de Aripuanã; o garimpeiro morreu durante a 2ª fase da operação, ele foi baleado ao atirar contra policiais do Batalhão de Operações Oficiais (Bope) e federais. A informação é da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

Devido a atividade de garimpo ilegal, houve aumento de casos de assassinatos em Aripuanã, além do aumento da criminalidade de forma geral. Mesmo distante cerca de 14 km da sede do município, a zona urbana sentiu os reflexos pela vinda de milhares de pessoas para a Serra do Expedito, onde foi criada uma minicidade desorganizada, em outubro de 2018 com cerca de três mil pessoas no local. Devido a entrada de pessoas com maquinários pesados, houveram danos ambientais e sociais graves. A instalação de uma mineradora na cidade também causou impactos em Aripuanã.

O prefeito de Aripuanã, Jonas Rodrigues da Silva, decretou situação de emergência social no município devido à desocupação do garimpo ilegal de ouro; a prefeitura alegou que não tem condições financeiras para atender as necessidades básicas dos garimpeiros, já que há também inúmeras pessoas descontentes com o fechamento do garimpo, o que tem provocado manifestações de toda ordem pelas vias públicas do município, que poderão originar motim, revolta e violência, cita o prefeito ao decretar a situação de emergência. Após a conclusão da sentença judicial que determinava a cessação do garimpo ilegal e a destruição dos maquinários e das cavas, os policiais vão permanecer na cidade por prazo indeterminado para garantir a ordem pública.

O presidente da Cooperativa de Pequenos Mineradores de Ouro e Pedras Preciosas de Alta Floresta (Cooperalfa), Darcy Winter, se mostra solidário aos garimpeiros ‘atacados’ na região de Aripuanã e lembra que a própria cooperativa de Alta Floresta surgiu justamente após uma operação em 2009, onde através do Ibama, Sema, Ministério Público e Policia Militar, fizeram a apreensão de balsas, mas segundo Darcy “não houve essa atrocidade toda que a gente vê fazendo nos últimos dias agora, porque eu acho assim, é um maquinário, poderia ir lá prender e reter ele e dar um prazo, o Ibama poderia se espelhar na Marinha”, disse ele lembrando da ação de conscientização promovida pela Marinha do Brasil, aos garimpeiros do município há cerca de duas semanas. “Se eles tivessem solicitados a nossa ajuda, a gente com certeza iria estar dando todo esse apoio porque nós já sofremos essas consequências que eles vêm sofrendo hoje”, frisou Darcy. Na última semana, os agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) do Sistema Penitenciário, que dão apoio a ‘Operação Trypes,’ conseguiram impedir o retorno de garimpeiros que queriam voltar a atuar de forma clandestina no local.

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