ALTAIR NERY / Da Reportagem
Funcionários do Hospital Regional Albert Sabin denunciaram a ação de duas diretoras estariam fazendo coação moral aos funcionários que passarão por teste seletivo no próximo dia 30/06. “O problema maior é que se acontecer esse seletivo aí a maioria dos profissionais do Hospital, tanto de RH, profissionais de enfermagem, maqueiros, todos serão extremamente prejudicados”, disse uma fonte que falou com exclusividade ao Jornal O Diário, sob o compromisso de que não revelaríamos sua identidade. A fonte teme sofrer prejuízos por levar o problema ao conhecimento da sociedade. Nosso entrevistado relevou que os funcionários estão realizando um “abaixo assinado” contra o processo seletivo da forma como está sendo anunciado. Uma das propostas é garantia de contratação para dos funcionários que já estão na unidade de saúde e que o teste seletivo seja feito apenas para “novas contratações”.
O número de vagas oferecidas no edital é abaixo da real necessidade do Hospital. Atualmente há casos de enfermeiros que trabalham “quadruplicado”. “Há dois técnicos que estão trabalhando por seis, é basicamente essa a situação do hospital no momento”, apontou, porém assegurou que no edital não há previsão de ampliação do número de servidores, pelo contrário, o número de vagas é menor do que os que estão hoje em atividade. “Abriram 32 vagas para enfermeiros, esse numero seria necessário para agrupar junto conosco que já atuam no Regional, esse seria o numero ideal para prestar um bom atendimento à população, a mesma coisa acontece com os técnicos”.
Segundo a fonte, as duas diretoras do HRAS, estariam visitando todos os setores do HRAS, e “tocando o terror” ao dizer que, todos os profissionais que estarão de plantão no dia 30, estarão “automaticamente desempregados” no dia seguinte, não apresentando sequer uma opção para que eles façam o teste seletivo.
Outro problema apontado é que a ementa para o teste seletivo, que contará com 20 questões, é de difícil compreensão para muitos dos profissionais que estão há muitos anos só trabalhando (como já dito, alguns com carga horária excessiva) e que dificilmente conseguiram competir com as pessoas mais novas, “temos muitos profissionais antigos de 10, 18 anos, da época que não era Regional ainda, são senhoras estão desesperadas mesmo”, afirmou, emendando, “são pessoas que pela prática são excelentes profissionais, mas infelizmente são pessoas que estudaram há muitos anos e que se fizerem uma prova, dificilmente vão a certar 5 das 20 questões”, afirmou, por causa das novas legislações que envolvem a saúde pública.
Contrário ao abaixo assinado – Segundo a denunciante, uma das coordenadoras que está em vias de ser empossada em cargo (maior) de diretoria, estaria coagindo os servidores ameaçando que os que assinaram a lista (abaixo assinado) quando ela tomar posse os que assinaram estarão “no olho da rua”. Outra ameaça seria de que, os profissionais que não fossem “pegar o plantão” para participar do teste seletivo também serão demitidos e ainda “por justa causa”. A lista, segundo a fonte, já tem “mais de cem assinaturas”.
O outro lado – A ´reportagem do O Diário conversou com a diretora do HRAS, Lucia Tiso, que disse não ter conhecimento da situação mas que ainda hoje (terça-feira) vai verificar junto aos funcionários quando as ameaças.
Em relação ao risco de que trabalhadores não tenham como fazer o teste seletivo no dia 30, pois estarão de plantão, ela afirmou já estar ciente do problema e já encaminhou para a comissão de concurso, na capital. Alta Floresta é o único município aonde “100% dos trabalhadores são contratados”, não tendo efetivos para escalar no momento da prova. Nesta quarta-feira, Tiso estará encaminhando-se à capital para discutir uma estratégia para que todos possam fazer a prova sem serem prejudicados.
Quanto ao número de vagas, a diretora afirmou que a previsão que consta no edital é maior do que o que existe hoje, tomando como base o número de enfermeiros, atualmente são 22 e pelo edital serão contratados 37 enfermeiros. As outras vagas também terão ampliação de oferta, segundo Tiso.