Bruno Felipe / Da Reportagem
Na última segunda-feira (29/04), a Secretária de Saúde Roberta Cordeiro juntamente com os diretores da Secretaria Municipal de Saúde realizou uma reunião na Câmara Municipal com todos os vereadores a fim de expor os problemas do setor, sobretudo, o risco de paralisação de atendimentos médicos nas Unidades de Saúde por força do vencimento do contrato de prestação de serviço feito com os profissionais. A reunião foi solicitada pela própria secretária.
Durante a reunião, Roberta apresentou o risco de já a partir desta quinta-feira (02/04), o atendimento em todas as unidades de saúde ser suspenso por falta de profissionais. De acordo com a líder do governo municipal na Câmara, a vereadora Cida Sicuto, após a reunião ela conversou com o Prefeito Municipal Asiel Bezerra e o mesmo se responsabilizou em fazer a contratação desses profissionais por mais 60 dias. “O prefeito assumiu o risco e vai aditivar esses contratos, não só dos médicos, mas de todos esses profissionais”, salientou ela em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário. Além disso, na reunião, ficou acordado que os parlamentares irão convocar o Prefeito Asiel para uma reunião afim de cobrar soluções para resolver de fato o problema; a reunião ainda não aconteceu porque o prefeito está em viajem.
Dentre outras situações apresentadas pela equipe gestora da saúde no município, também chamou a atenção dos vereadores o corte de repasses federais para 05 unidades de saúde na ordem de mais de R$ 100.000,00 por mês. A reportagem do Jornal O Diário apurou que o corte aconteceu por questões administrativas incompatíveis com as normas do Ministério da Saúde. Vale ressaltar que no início da semana Asiel foi multado pelo TCE em R$ 10 mil por conta de contratações irregulares. O Tribunal concedeu prazo de 150 dias para que a administração abra Concurso Público e contrate servidores efetivos. Uma das alegações é de que a prefeitura de Alta Floresta contratou 616 funcionários temporários, que ocupam cargos “de funções rotineiras”, como secretárias, telefonistas, auxiliares administrativos, dentistas, médicos, entre outros. Porém, de acordo com a vereadora Cida para fazer um Concurso é necessário antes fazer uma reforma administrativa dos profissionais onde será feita uma mudança no plano de carreira dos mesmos e segundo ela, se isso não acontecer acarretará em problemas futuros. “Porque no início de carreira tudo bem, você tem um salário, mas com o passar dos anos, você vai progredindo e isso precisa ser corrigido”, ressaltou ela.
Em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário, o médico e vereador Charles Miranda disse que atende dois Postos de Saúde no município e devido à falta de médicos, segundo ele, o trabalho é realizado em dias alternados “Eu tenho essa particularidade, além de eu ser vereador, eu também estou na ponta da rede (de saúde), porque estou atendendo a pessoa que chega na maior necessidade que é hora da dor, do desespero, do exame, então no momento que ele não encontra o que ele necessita, ele ainda encontra um vereador, então a cobrança é muito grande”, disse ele.