Altair Nery – Da Reportagem
Em reunião do Consórcio de Saúde da Região do Alto Tapajos, os prefeitos decidiram pressionar o governo do estado pela atualização dos repasses da área da saúde, especialmente os que são utilizados para pagamento dos médicos e para manutenção do Hospital Regional Albert Sabin. Na tarde desta terça-feira, 30, véspera do feriado do dia do Trabalho, os prefeitos reuniram-se na sede do Consorcio aonde foram discutidos vários temas. A reunião teve início às 14:30h e se estendeu durante toda a tarde, terminando próximo das 19 horas.
“Na verdade nós já viemos para decidir entrar com uma ação contra o governo do estado para resolver de uma vez por todas esta questão de atraso do pagamento do hospital regional, que é o nosso principal”, afirmou o prefeito Tony Rufatto (Paranaíta) que preside o consorcio de saúde> Tony reconheceu que após a votação, por maioria, os municípios optaram por fazer mais uma rodada de negociação com o Governo, “a maioria aderiu que fosse marcada uma reunião com o governo do estado e por eles a par da situação, conforme for a resposta deles vai ser tomado um rumo definitivo pra resolver de uma vez por todas estes problemas do HR”, afirmou. A reunião foi agendada, por telefone, para o dia 14 de maio.
No início do mês de abril, dia 8, os médicos chegaram a encaminhar um documento para a direção do Hospital Regional Albert Sabin aonde reclamavam o atraso no repasse aos profissionais médicos de cinco meses. Naquela oportunidade foi dado prazo de 48 horas para que o Estado regularizasse a situação sob o risco de paralisação dos atendimentos eletivos. Foram pagos dois meses atrasados, diminuindo para três repasses em atrasos. Na terça-feira, com o fechamento de mais um mês de trabalho o atraso voltou a subir para quatro meses, o que mantém o risco de greve no atendimento ao HRAS.
Para o prefeito Adalto Zago, de Apiacás, a resolução do problema de atrasos de repasses para o HRAS é emergencial, “nós vamos estar levando até o conhecimento, ver o que pode ser feito, para o governador, da questão do pagamento dos fornecedores e dos servidores, profissionais de saúde, que precisam receber para dar continuidade, eles estão dizendo eu vão paralisar estes serviços e isso ser muito ruim pra nós”, afirmou o prefeito.
O prefeito de Nova Bandeirantes, Valdir Rio Branco também reclamou dos atrasos na saúde, ainda assim, foi um dos que ponderou pela possibilidade de mais uma conversa com o governo antes de decidir entrar ou não com ação na justiça. “Eu acredito que nós vamos chegar num diálogo, o governador vai saber que os municípios aqui principalmente do norte, mais de 1.000 km tem a necessidade com sua população, eu acredito no diálogo”, reforçou.