Bruno Felipe / Da Reportagem
Neste ano, o programa FICAI (Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente e Indisciplinado) completa 11 anos de atividades em Alta Floresta e pensando nisso, a Câmara Municipal entregou durante a sessão ordinária de ontem 14, uma Moção de Congratulação para o programa que, através dos relevantes serviços prestados, ajudou milhares de crianças do município.
O programa foi implantado em Alta Floresta em julho de 2007, mas somente em 2011 se tornou uma lei municipal. Promovido em parceira com o Ministério Público, Prefeitura de Alta Floresta através da Secretaria Municipal de Educação e Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, o programa atende casos de infrequência dos alunos nas 37 escolas municipais, estaduais e uma escola indígena de Alta Floresta.
O objetivo do programa é aproximar o Ministério Público da comunidade escolar, agilizar intervenções judiciais com vista de aplicação de medida protetiva e combater as indisciplinas nas escolas. “Esse projeto o município trabalha com vários tipos de trabalho, trabalhos esses que as vezes não aparece porque são problemas que não podem ser divulgados, mas quando você acompanha vê o quanto de trabalho são realizados e que ajuda realmente a população”, disse a autora da Moção, a vereadora Cida Sicuto (PSDB), durante seu pronunciamento na tribuna.
Conforme ela explicou para a reportagem do Jornal O Diário, nesses 11 anos o programa vem sendo coordenado pela psicóloga Léia Ribeiro de Moraes e os atendimentos ocorrem em uma sala disponibilizada pela Sec. de Educação. Quando ocorre casos de insubordinação e/ou indisciplina, é marcado uma conversa com os pais e o respectivo aluno, discute-se o porquê da indisciplina “e através dessas conversas com a Léia muitas coisas são descobertas, como abusos sexuais e outros problemas”, acrescentou Cida.
De acordo com a coordenadora e psicóloga Léia, aproximadamente 7 mil pessoas foram atendidas através de orientações individuais e palestras coletivas, sendo que foram mais de 60 palestras realizadas e 89 atendimentos diretos aos professores. “Eu fico extremamente honrada, é um trabalho árduo, mas de muito amor, nós temos a consciência da necessidade dos atendimentos psicossociais das crianças e dos adolescentes, também temos a sensação de estar fazendo muito pouco perto da necessidade”, disse a coordenadora em entrevista ao Jornal O Diário.