Bruno Felipe / Da Reportagem
Uma mulher de 28 anos entregou os seus 3 filhos ao Conselho Tutelar de Alta Floresta na semana passada e o caso repercutiu em todo estado, pois havia indícios que a mãe teria cometido maus tratos as crianças. A reportagem do Jornal O Diário conversou com o conselheiro José Alecrim que informou que a família já estava sendo acompanhada pelo órgão, mas na última terça-feira a mãe foi até ao conselho e decidiu entregar os filhos alegando que não teria condições de cuida-los devido, conforme ela própria disse ao conselheiro, violar os direitos das crianças.
Alecrim não confirmou qual teria sido os direitos violados, já que o caso segue sendo investigado pela Delegacia Civil de Alta Floresta, mas ele disse que a violação dos direitos que o Conselho atende abrange casos como suspeitas de abusos, lares inadequados para viver e qualquer espécie de negligencia. “São vários os fatores, mas os direitos deles não podem ser violados quanto crianças ou adolescentes que a lei prevê e aí o conselho entra em ação, o conselho e toda a rede”, disse ele em entrevista ao Jornal O Diário, ressaltando que atualmente existe um disque denúncia do Conselho Tutelar através do número 66 98446-7012, com sistema de emergência 24 horas, disponibilizado para atender toda a população.
Alecrim informou que após tomar a medida de proteção das crianças, o conselho realizou o comunicado a Vara da Infância e Juventude na Comarca de Alta Floresta e ao Ministério Público e posteriormente, as crianças foram encaminhadas para outras esferas de atendimento, passando a princípio por atendimento psicossocial por meio do Cras e Creas de Alta Floresta.
No caso da mãe, Alecrim nos informou que o atendimento psicossocial também foi realizado na genitora através do próprio conselho. Além disso, o acompanhamento da família continua, mas agora a medida protetiva das crianças está sob a responsabilidade da Casa de Acolhimento Pinard (abrigo municipal para crianças), já que nenhum familiar próximo foi localizado para ficar com a guarda das crianças. “Tudo que a gente faz é feito dentro de uma situação de proteção, fazendo todo um prognostico para realizar o trabalho”, concluiu ele.