O juiz Luiz Guilherme Marques, da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, se “rebelou” contra o aumento concedido ao Judiciário aprovado na Câmara dos Deputados na madrugada do dia 2 de junho. Elee pediu ao presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que não reajuste o seu salário, “até que se estabilize a situação financeira do País”. Com in
formações do Estado de S. Paulo.
O ofício, de três de junho, foi encaminhado à sede do Judiciário mineiro, em Belo Horizonte. No pedido o juiz Guilherme Marques ainda aponta que sua “manifestação cidadã de vontade” renunciando o reajuste vale até quando ele considerar que a situação econômica do País estiver estabilizada. A partir daí, explica, ele pedirá o reajuste, “mas sem pleitear o pagamento retroativo” dos meses que pediu para não receber o valor atualizado.
O salário dos juízes são reajustados automaticamente com o reajuste dos ministros do STF aprovado na semana passada. Pela proposta aprovada, o subsídio dos membros da Corte Suprema, que servem como teto do funcionalismo público, passaram de R$ 33.763 para R$ 39.293. Junto com os demais servidores do Judiciário, o impacto é de mais de R$ 6 bilhões até 2019.
Apesar da iniciativa inédita do juiz mineiro, dificilmente ela terá impacto na prática, pois o TJ/MG deve pagar aos juízes o valor estabelecido em lei. Procurado, o Tribunal mineiro ainda não se manifestou sobre o caso.
Fonte: CaldeirãoPolítico}