O Brasil possui mais de 200 milhões de habitantes segundo dados do IBGE, deste 51,4% são mulheres. As mulheres são maioria da população, passaram a viver mais, têm menos filhos e ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho.
Nas universidades as mulheres também são maioria, cargos que antes eram exclusivos de homens, hoje as mulheres com muita naturalidade, responsabilidade e competência tem assumidos estes postos de trabalho.
Em Alta Floresta um desses casos é o da mineira Maria Aparecida Rocha Machado, que foi contratada recentemente para operar uma patrola no município. Maria já trabalha com máquinas pesadas desde 2009, e no início teve que lidar com o preconceito e a desconfiança mas superou com muito tranquilidade e hoje é respeitada pelo seu profissionalismo.
Na política as mulheres ainda tem pouca representatividade, tanto a nível federal, estadual como municipal. Alta Floresta este ano completa 40 anos. No legislativo os primeiros vereadores foram eleitos para a gestão de 1985 a 1988, sendo eleitos somente homens.
Na segunda legislatura da Câmara de Alta Floresta, duas mulheres foram eleitas e com uma votação expressiva. Francisca Angela Cunha, nossa entrevista da edição de segunda-feira, eleita pelo então distrito de Nova Monte Verde e Sandra Regina Said Silva, que pouco tempo depois renunciou ao cargo por questões familiares.
Cleia Lucia de Moura Matos, foi eleita para a terceira legislatura e chegou a ser presidente da Câmara. Margareth Noujain também representou as mulheres no poder legislativo, e Elisa Gomes que está no seu segundo mandato.
Passaram também pelo legislativo assumindo a suplência, Maria Helena Rúbia por duas vezes e a professora Rosangela Aparecida Bolonhezi Campos. Ao todo foram 7 mulheres que passaram pelo legislativo, um número ainda pequeno levando em consideração que a mulher é maioria da população.
A política ainda é um setor dominado pelos homens, embora a lei determine que os partidos políticos sejam obrigados a reservar uma cota mínima de 30% de candidaturas femininas, o resultado nas urnas é diferente.
Segundo a vereadora Elisa Gomes, é necessário garantir que 30% das cadeiras do legislativo sejam destinadas as mulheres, por isso a importância das mulheres se colocarem a disposição. Elisa alerta que hoje os partidos maquiam essa cota, colocando candidatas sem condições de se eleger, as candidatas são apenas para cumprir a cota mínima.
Nessa semana em que é comemorado o dia Internacional da Mulher, um dia de comemoração, mas também um dia de reflexão, e esta ano é um ano de eleição, que as mulheres possam refletir ainda mais sobre o seu papel na atual sociedade e se encorajar para também está em 2017 representando esta classe, a classe das mulheres, fortes, trabalhadoras, guerreiras, companheiras, sensíveis e determinadas.
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