O vereador Dida Pires usou a Tribuna da Câmara Municipal, ontem, para criticar o que classificou de “má fé” do IBGE que, “por 10 habitantes”, não mudou a faixa populacional da cidade para efeito de recebimentos de recursos oriundos de impostos federais e estaduais. O vereador equivocou-se ao analisar a tabela de “Coeficientes de participação dos municípios no FPM – parcela de municípios não-capitais de estado”, que aponta Alta Floresta no índice 2,0, para municípios entre De 44.149 a 50.940.
Alta Floresta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, passou de 49.877 para 49.991. “É muito estranho, se colocasse 10 (pessoas a mais na estimativa), Alta Floresta teria 50.000 mais um habitante, e aí nós teríamos a classificação diferenciada junto ao Governo Federal, para recursos do FPM e outros recursos mais”, afirmou o vereador, que atacou, “eu acho que má fé isso aí”, criticou. Na verdade, por 950 habitantes, a cidade não passou para o índice 2,2, para municípios entre 50.941 a 61.128 habitantes.
Dida Pires solicitou à assessoria jurídica de Alta Floresta para que mova uma ação contra o IBGE no sentido de refazer os cálculos. Dados de atendimentos promovidos pela Secretaria de Educação, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, concessionários de água e energia, além de números obtidos no Cartório Eleitoral, dentre inúmeros outros números, apontam que Alta Floresta tem hoje acima de 60 mil habitantes, apenas o IBGE não acata.
A chegada, no início da década, de milhares de trabalhadores que para cá vieram para a construção de duas grandes usinas (Teles Pires e Apiacás) além de três outras pequenas hidrelétricas (Quebec) mostram que houve uma explosão demográfica em praticamente todas as cidades da região, concentrando-se, esta população, principalmente em Alta Floresta e Paranaíta. Não é o que pensa o órgão oficial. Além de Alta Floresta, que passou de 49.877 para 49.991,