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Nem Chico, nem Francisco – Sessão que criaria três Comissões processantes fica no quase

KODAK Digital Still CameraUma “disputa de liminares”, marcou o início da sessão ordinária desta terça-feira, 10, para discutir a proposta de criação de três Comissões Processantes, uma para averiguar denúncias contra o prefeito Asiel Bezerra, e outras duas para investigar os vereadores Rogério Colichio e Elisa Gomes e ainda um quarto pedido, para afastamento das funções de Asiel enquanto fosse feita a investigação. Pesa contra Asiel a suspeita de um esquema de aluguel de horas máquinas, contra a vereadora Elisa, o fato de ela ter contratado, com sua empresa de comunicação, com a prefeitura (na época de Maria Izaura) no período em que foi vereadora e também por ter trabalhado em dois lugares “no mesmo período”, no segundo mandato de Maria Izaura, como secretária de cultura e professora em escola particular. Já o vereador Rogério é acusado de comandar um esquema de desvio de recursos da merenda escolar no período em que foi secretário de educação de Alta Floresta. Os dois pedidos, contra Asiel e Rogério Colicchio, tomam como base informações que foram passadas pela Controladoria Interna da prefeitura de Alta Floresta, através do mesmo profissional, Herbert Vilarruel, em relatórios emitidos em abril de 2013 e em fevereiro de 2015.

Um dia antes da sessão, na noite de segunda feira, Elisa e Rogério foram informados, por oficio, pelo presidente da Câmara, que estavam impedidos de participar da sessão, pois votariam em requerimentos dos quais eram investigados. Quiel da Vila e Irmão Saulo, os suplentes, seriam convocados para compor o quórum no lugar dos vereadores afastados. No entanto, por volta das 09:00 horas da manhã, no horário marcado para iniciarem os trabalhos, um oficial de justiça encaminhou-se até o presidente da Casa par trazer uma Liminar que garantiria aos dois vereadores, participarem da  sessão, sendo impedidos apenas de votarem nas matérias em que seriam investigados. Quase uma hora depois, a sessão ordinária teve início com Elisa e Rogério, afastados no dia anterior, sendo convidados a compor suas cadeiras. No plenário, ouviu-se aplausos e gritos favoráveis aos dois vereadores, mas também vaias e gritos desfavoráveis a conduta dos dois vereadores.

Depois de muitos debates, finalmente as matérias foram analisadas. O vereador Emerson Machado identificou uma manobra da oposição, para tentar afastar o prefeito Asiel Bezerra, afirmando que a simples aprovação da Comissão Processante já daria poderes para que Asiel fosse afastado do cargo. O segundo pedido, de afastamento, não passava de uma “cortina de fumaça” para tentar desviar o foco. “Todos nós sabemos, se aprovar este requerimento, 006, automaticamente Dr Asiel está afastado por 180 dias. O 007 é outra manobra, quem sabe e que está aqui dentro conhece esta manobra”.

O vereador Rogério Colicchio, reconheceu que, se aprovado o Requerimento, exigiria do presidente da Câmara que o prefeito fosse afastado, “até por questão cautelar de informações que precisam ser investigadas ele precisa ser afastado”, afirmou o vereador.

O pedido de criação da Comissão Processante contra o prefeito Asiel foi rejeitado, apesar de sete votos favoráveis, já que se trata de matéria com aprovação de 2/3 da Casa. Votaram contrários à Comissão os vereadores Reinaldo de Souza (Lau) Emerson Machado, Dr Charles Miranda e Elói Crestani.

Em seguida, o pedido de afastamento de Asiel Bezerra, que estava na Ordem do dia acabou rejeitado com votos contrários dos vereadores Emerson Machado, Reinaldo de Souza, Emerson Machado, vereador Tuti, Bernardo e dr Charles Miranda.

Para a votação do Requerimento 011/2015, que pedia a instalação de Comissão Processante em desfavor da vereadora Eliza Gomes Machado, a denunciada foi convidada a se retirar da cadeira, sendo convocado o suplente Ezequiel Martins (Quiel da Vila) que tomou posse na sessão, tendo inclusive feito o juramento solene. A matéria foi rejeitada com votos contrários dos vereadores Bernardo Patrício, Dida Pires, Tuti, Jiló, dr Charles e vereador Rogério.

Para votação do Requerimento seguinte, 012/2015, a vereadora Elisa foi convidada novamente a voltar á sua cadeira e o vereador Rogério Colicchio teve que se retirar. Quiel da Vila continuou em seu “curto mandato”. O requerimento pedia a criação de uma Comissão Processante para averiguar as denuncias de desvio de recursos da merenda escolar em Alta Floresta, mas acabou rejeitado com os votos dos vereadores Bernardo Patrício, Dida Pires, Tuti, Paulinho Jiló,  Dr Charles, e Elisa Gomes.

 

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