Depois de oito dias, os índios da etnia enawenê-nawê liberaram a ponte sobre o rio Arinos, em Juína, na MT-170, ligando a cidade a Campo Novo do Parecis. Eles cobraram pedágios de R$ 100 de carros pequenos a carretas e R$ 50 de motociclistas.O local fechado pelos índios não está dentro da terra indígena deles.
A revolta foi geral e chegou bem perto de um conflito. Os motoristas e motociclistas ficaram indignados com a atitude dos indígenas, que para protestar contra Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), tomaram a atitude radical.
O coordenador-adjunto da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Juína, Adegildo José do Nascimento, disse que a luta dos indígenas era por falta de medicamentos e melhora na infraestrutura do posto de saúde para etnia.
“O pessoal ficou com muita raiva pela cobrança do pedágio e acabaram fazendo sacrifício e pagando, mas é uma forma de manifestação dos índios que chegou às últimas consequências. É ilegal, mas foi o meio que eles encontraram para chamar atenção”, contou.
O vendedor externo Lindomar Lopes é um dos motoristas que teve que pagar o pedágio. Ele teve que vender às pressas um jogo de lençol que ele vende por R$ 390 por R$ 100 a uma dona de um comércio local para conseguir passar pelo pedágio.
“Eu acho isso errado e alguém tem que tomar uma providência. É a terceira vez esse ano que eles fazem isso. Se passou uns 100 carros por lá num dia, os índios conseguiram R$ 10 mil. Imagina uma semana cobrando”, protestou.
Fonte: Leialucas.com.br