No local foram colocadas ao menos quatro cargas de terra e os manifestantes também atearam fogo em alguns materiais.
Nas semanas passadas, caminhoneiros do Brasil voltaram a discutir uma possível paralisação nacional por causa de mais um reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras. O valor do combustível nos postos já acumula alta de 96% no governo Bolsonaro, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Em vídeos que circulam pelas redes sociais, os trabalhadores aparecem em postos, abastecendo seus tanques. “Não tem condições, vou ter que fazer outro abastecimento ainda para chegar a Mato Grosso. O frete foi R$ 11 mil. Não tem condições, os caminhões vão parar. É pane seca nas rodovias”, diz o caminhoneiro. Em Alta Floresta, essa paralisação já fez diversos condutores ficarem preocupados com a possível falta de combustíveis e foi possível observar enormes filas na maioria dos postos do município.
O fato ocorreu menos de duas semanas após a paralisação dos caminhoneiros que não aceitaram o resultado democrático das urnas e fecharam as rodovias. Por alguns dias, muitos postos ficaram desabastecidos e essa realidade poderia retornar com uma nova paralisação. Contudo, apesar dessa movimentação nas redes sociais, a paralisação não foi efetivada.
A onda de manifestações no Brasil continuou no final de semana. Dessa vez, manifestantes que ainda não aceitam o resultado democrático das urnas bloquearam neste domingo (20), o trecho da rodovia MT-208 em Carlinda, próximo ao trevo do Piovesan. De acordo com as informações da Polícia Militar, no local foram colocadas ao menos quatro cargas de terra e os manifestantes também atearam fogo em alguns materiais. Na manhã de ontem, segunda-feira (21), a PM esteve no local para fazer o desbloqueio da rodovia. A informação é de que o bloqueio foi liberado totalmente ficando sob os cuidados da concessionária Via Brasil para manutenção e limpeza.
Vale ressaltar que no início da tarde desta segunda-feira, algumas pessoas ainda continuavam ‘acampadas’ em frente ao Tiro de Guerra de Alta Floresta. Não há informações de quando essa manifestação terá fim.
Bruno Felipe / Jornal O Diário