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Mauro critica não-vacinados que lotam UTIs: “se você corre risco, uma hora dá merda”

O governador Mauro Mendes (União) subiu o tom das críticas contra as pessoas que se negam a tomar a vacina contra a covid-19 e que estão internados em leitos de UTI. Atualmente, elas representam 91% dos pacientes internados em estado grave nos leitos de UTI em Mato Grosso, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde na última terça-feira, 28 de junho.

Para o governador, essas pessoas que decidiram não vacinar fizeram uma opção arriscada e sabiam das consequências do seu ato.

 “Essas pessoas fizeram uma opção, pra correr o risco. Se você corre risco, meu amigo, uma hora dá merda. Deu merda para essas pessoas e pode dar para todas aquelas que continuarem insistindo nessa bobagem de não querer tomar vacina”, disparou, durante entrevista à imprensa na quarta-feira, 29 de junho.

Mauro anunciou que o governo deve abrir novos leitos de UTI nos próximos dias, devido ao aumento da demanda com o surgimento de uma nova onda de infecções, mas pediu que os municípios também assumam suas responsabilidades.

“Nós temos limite e capacidade, hoje o governo federal não financia [leitos], as prefeituras não querem abrir leitos. Cuiabá, por exemplo, não tem nenhum leito de UTI covid. Tem responsabilidade objetiva disso. Os municípios são gestão plena, têm responsabilidade objetiva disso, mas não querem abrir leitos”, comentou.

“Então, o cidadão tem que saber que basta tomar a vacina e, muito provavelmente, vai estar completamente livre. E aí, em alguns casos, porque sempre vai ter um caso ou outro, vai ter UTI suficientes”, complementou.

A Secretaria de Saúde relatou que tem recebido doses do imunizante do Ministério da Saúde e encaminhado para os municípios conforme a demanda. A pasta alega que não há falta de vacina e que, atualmente, tem 646 mil doses no estoque, prontas para uso.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo Estado, Mato Grosso registrou 763.788 casos de covid-19 desde o início da pandemia do coronavírus. Destes, 14.990 pacientes morreram e 737.008 se recuperaram da doença.

Rafael Machado

Estadão Mato Grosso

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