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TIRO E QUEDA 01.10

POLÍCIA FEDERAL EM MATO GROSSO

A Controladoria Geral da União (CGU) disse que a Prefeitura de Cuiabá pagou à empresa MT Pharmarcy R$ 310 mil em medicamentos que jamais foram entregues. A informação consta na decisão do juiz Paulo Cezar Alves Sodré, da 7ª Vara Federal Criminal, que autorizou a Operação Colusão, deflagrada nesta quinta-feira (30), pela Polícia Federal. Segundo levantamento feito pela CGU, o contrato foi firmado no início do ano passado para aquisição de diversos medicamentos.

A Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão. Policiais estiveram na sede da Secretária Municipal de Saúde e da empresa MT Pharmacy e Civitas Consultores Ltda.

Também foram alvos o Alexandre Alves Guimarães, dono da MT Pharmacy, o ex-secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho, o ex-adjunto João Henrique Paiva, o ex-diretor do CDMIC e gestor do contrato Elisandro de Sousa Nascimento, ex-secretária de Planejamento e Finanças Juliana Martins da Rocha, Ecio Clayton Vieira Alves, o fiscal de contrato Marcos Vinicius Vitor da Silva e a servidora da Secretária de Saúde Hellen Karoline da Silva.

POLÍCIA FEDERAL EM SÃO PAULO

A Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal realizam, em conjunto, uma operação de busca e apreensão na sede da empresa Global Gestão em Saúde, em Barueri, na Grande São Paulo.

Um dos sócios da Global é Francisco Emerson Maximiano, também dono da Precisa Medicamentos, que é investigada na CPI da Pandemia pela negociação de doses da vacina indiana Covaxin junto ao Ministério da Saúde.

Segundo a PF, o objetivo da ação é apurar um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos em troca de apoio na contratação de empresas pertencentes aos investigados por empresas públicas do governo federal.

Segundo a PF, os investigados simularam várias operações comerciais e financeiras inexistentes para desviar dinheiro de companhias que atuam na área de medicamentos para empresas de fachada.

Ainda de acordo com as investigações, as operações fictícias serviam para gerar dinheiro em espécie. Esses valores, então, eram usados no pagamento de propina a agentes políticos em troca de favorecimento na contratação das empresas por estatais.

A PF investiga também a participação de executivos, funcionários e sócios das empresas envolvidas nas operações simuladas. Eles poderão responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem autorização.

CPI EM EBULIÇÃO

A CPI da Pandemia recebeu ontem o empresário Otávio Fakhoury, que compareceu ao Senado devido suspeitas de que seria um financiador de veículos propagadores de fake news sobre a pandemia de Covid-19. Fakhoury negou as acusações e disse que deu apenas um “aporte inicial” ao Instituto Força Brasil, no qual é apontado como vice-presidente.

O Instituto foi o responsável por apresentar representantes da Davatti Medical Supply ao Ministério da Saúde, mas Fakhoury afirmou que não participou do processo – posteriormente, um representante da Davati afirmou que o ex-diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, havia pedido propina nas negociações das doses da AstraZeneca então ofertadas.

Questionado sobre seu papel em financiar atos pró-Bolsonaro nos últimos meses, o empresário negou e disse ter participado ativamente como financiador de movimentos do gênero até 2019.

Durante o depoimento, o empresário admitiu ter investido em materiais favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro no período eleitoral de 2018, mas os valores não foram declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fakhoury justificou que o financiamento não consta no TSE por não fazer parte da campanha oficial do então candidato. “As pessoas, por livre e espontânea vontade, imprimiam os materiais, saíam às ruas, isso todo mundo viu.”

Ele disse que os valores investidos foram dirigidos a grupos de apoio ao presidente no Nordeste do país e que “nada têm a ver com a campanha”. “Eles me pediram, se eu podia ajudá-los, e assim eu fiz. Cada um imprimiu seu material, nenhum deles é ligado à campanha.”

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