Bruno Felipe / Da Reportagem
Após o desencadeamento da ‘Operação Trypes’, deflagrada pela Polícia Federal, ao menos uma pessoa foi detida em Alta Floresta acusada de ter participação em uma organização criminosa atuante na extração e comercialização ilegal de ouro da Amazônia Legal. Na época, a reportagem do Jornal O Diário acompanhou a ação dos policias no município os quais fizeram abordagens em uma empresa de compra e venda de ouro localizada na Avenida Ludovico da Riva, próximo a escola Presbiteriana; aproximadamente 10 policiais divididos em duas viaturas chegaram no local logo ao amanhecer do dia e ficaram lá durante toda a manhã fazendo vistorias. Quando a reportagem chegou ao local o proprietário do estabelecido já havia sido detido e possivelmente encaminhado para a realização de exames de corpo e delito.
Nesta segunda-feira (07/10), a Polícia Federal desencadeou a 2ª fase desta operação. A etapa tem o objetivo de cessar as atividades de um grande garimpo ilegal no município de Aripuanã. A ação, conjunta com forças de segurança do Estado de Mato Grosso como servidores do IBAMA e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA/MT), atuarão na área durante toda semana. Há aproximadamente um ano o garimpo ilegal atrai aventureiros e curiosos em busca de ouro na região de Aripuanã. A situação já foi alvo de investigação da PF em 2018 e reuniu autoridades, no entanto, a exploração continuava sem qualquer tipo de controle. A área explorada ilegalmente chegou a registrar acidentes, soterramentos, mortes e assassinatos ao longo de quase um ano.
De acordo com as investigações, além do impacto ambiental na região, o garimpo ilegal estaria causando grande impacto social no município com aumento do índice de homicídios, tráfico de drogas, prostituição, etc. Lembrando que o nome da operação deriva da palavra grega “trypes” que significa “buracos”. Esta é uma alusão à situação em que ficou a região após a ação dos criminosos.