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Programa nacional faz com que partos normais cresçam 1250% em um ano

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Olhar Direto

O número de partos normais por mês no Hospital e Maternidade Femina saltou de dois para vinte e cinco, em média. Isso graças à implantação do projeto ‘Parto Adequado’, idealizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Hospital Israelita Albert Einstein e Institute for Healthcare Improvemente (IHI). Em Mato Grosso, o Femina foi o único a integrar o programa.

Para participar do projeto, o Hospital teve que fazer uma série de adequações em sua infraestrutura, além de prepara a equipe para os atendimentos. O convite aconteceu em janeiro de 2015, e em junho já estava tudo pronto.

Foi implantado, por exemplo, um Centro Obstetrício com equipe de plantão 24 horas para atender mães em trabalho de parto. Ela é acompanhada por um médico obstetra, um médico pediatra neonatologista e um enfermeiro, além do anestesista que fica de prontidão caso seja necessário. O tempo da entrada na maternidade até o nascimento é indeterminado, pois depende da evolução natural dos organismos de mãe e filho.

“A incidência de internação em UTI neonatal em decorrência de desconforto respiratório é menor quando o bebê nasce de parto normal. A passagem do bebê pelo canal vaginal ajuda a expelir alguns líquidos, facilitando a respiração do recém-nascido”, explica a médica neonatologista Fernannda Pigatto.

Ainda segundo a médica, as mães são acompanhadas durante todo o tempo em que ficam na maternidade pela equipe e, caso seja necessário ou ela mude de ideia, pode ser realizada a cesariana. “Nosso foco é a segurança da mãe e do bebê. Quando não há riscos e se for desejo da mãe, realizamos o parto normal. Agora, caso seja identificado algum problema, realizamos a cesariana. Por isso o programa se chama ‘Parto Adequado’, pois a equipe vai trabalhar pelo melhor procedimento para cada paciente”.

neonatalEm todo o país

Atualmente, são vinte e seis hospitais que fazem parte do grupo piloto do ‘Parto Adequado’. Neles, com as estratégias adotadas, o número de partos vaginais cresceu em média 16%. Trinta e cinco hospitais (incluindo seguidores e colaboradores) participaram da iniciativa, e, nestes, o crescimento médio foi de 43%. Em 18 meses, mais de dez mil cesáreas sem indicação clínica foram evitadas.

Junto a isso, houve também redução nas admissões em UTI neonatal (de 86 internações por mil nascidos vivos para 69 internações por mil nascidos vivos), e nove hospitais reduziram as admissões em UTI neonatal para bebês acima de 2,5kg (de 44,5 internações por mil nascidos vivos para 35 internações por mil nascidos vivos). De acordo com a assessoria, ao todo, foram evitadas cerca de 400 admissões em UTI neonatal, não houve aumento de complicações decorrentes do parto (como morte materna, sequela e asfixia fetal), sendo que em três instituições houve redução desse tipo de complicação: de 73 eventos adversos por 1000 nascidos vivos para 31 eventos adversos por 1000 nascidos vivos, uma redução de 57%.

ministerio-da-saudeO projeto tem apoio do Ministério da Saúde e busca identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar.}

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