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Dois Frigoríficos fecham as portas em Alta Floresta


haitianos-frigorifico-chapeco20140128-0020-originalDionéia Martins

Dois frigoríficos de Alta Floresta fecharam as portas esta semana. O frigorifico JBS que possui no seu quadro funcional mais de 700 colaboradores, concedeu férias coletiva a todos os funcionários desde segunda-feira, 07, por um período de 20 dias. Já o frigorifico Bonanza paralisou e começa hoje a demitir.
Segundo informações repassadas pelo Sintracal o frigorífico JBS o maior do município, as férias coletivas tem o objetivo de evitar demissões, e que já estava sendo negociada desde o mês de fevereiro com o sindicato, a decisão da diretoria é devido a demanda está menor que a oferta.
“A posição oficial da diretoria da empresa é que não vai fechar a planta, é uma medida para baixar os estoques, visto que estão muito altos, e a empresa alega dificuldades de mercado”, disse o presidente do Sintracal, José Evandro Navarro, acrescentando que,”tal medida visa proteger o emprego e evitar mais demissões no setor”.
O frigorífico Bonanza, trabalha somente com suíno, abate em torno 4 mil animais e fabrica uma média de 100 toneladas de embutidos por mês, atendendo os municípios de Alta Floresta até Rondonópolis , com um faturamento superior a R$ 1.5 milhão, e possui no seu quadro em torno de 90 funcionários, paralisou também na segunda-feira, 07, e hoje a empresa começa a comunicar os funcionários.
O gerente Uelbis Palandrani, disse que o motivo do frigorifico fechar as portas é a burocracia dos órgãos fiscalizadores e a falta de apoio do poder público. “O Indea fechou a planta, ele fica colocando defeito em tudo, faz exigências que se torna inviável para a empresa continuar as atividades”, reclamou Uelbis.
Uelbis disse que a empresa tem feito de tudo para está em conformidade com as exigências de licenciamento e registros sanitário e ambiental, mesmo assim, o planta da unidade foi lacrada pelo Indea, o que obrigou a empresa a fechar as portas. “Nossa empresa é uma empresa idônea, pode perguntar no comércio se devemos pra alguém. Sempre priorizamos o comércio local, são 90 empregos diretos, fora os indiretos como o padeiro, o leiteiro que entrega pra gente”, afirmou o gerente.
A empresa investiu recentemente mais de R$ 4 milhões na nova estrutura e em equipamentos modernos, e tem a previsão de mais investimento, agora está paralisada e sem perspectiva de voltar a funcionar. “O negócio está só engatinhando, a previsão era de investir R$ 15 milhões, o governo está matando o empresário na unha, o ministério do trabalho e outros órgãos trata o empresário como bandido”, desabafou Uelbis.
Ontem a tarde o presidente do Sintracal, José Evandro Navarro, se reuniu com a direção do Indea de Alta Floreta para verificar a situação do frigorífico. Evandro disse que teve acesso aos documentos e que as exigências feitas não foram absurdas, e a ordem veio da direção de Cuiabá.
“A ordem partiu de Cuiabá, foi direto do presidente de lá, as exigências que fizeram para o frigorífico nem foi tanta assim, só que o frigorífico alega mais coisas, a posição do Indea é que ele tem que resolver o problema e que não lacrou o frigorífica”, esclareceu Evandro.
Segundo as informações obtidas pelo sindicalista o frigorífico não foi lacrado, e que o fechamento foi uma decisão da empresa. “O que eles interditaram foi uma câmera frigorífica nova que ainda nem está em uso, não foi o frigorífico, a decisão de fechar foi do proprietário, o lacre de interdição está somente na câmera que nem está sendo utilizada”, pontuou José Evandro.
Evandro lamentou a decisão da empresa em fechar o frigorífico e deixar desempregado quase 100 pessoas, em um momento em que sobe o número de desempregados. Hoje pela manhã o Sindicalista irá até a empresa para conversar e tentar reverter a situação.

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