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Um grupo de 8 coordenadores setoriais lotados na Secretaria de Infraestrutura de Alta Floresta enviou à Câmara Municipal ontem um ofício onde repudiam alguns vereadores (não foi citado nomes) pelo que consideram “difamação”. O ofício relembra os fatos ocorridos na sessão ordinária realizada na semana passada na Casa de Leis, dia 23, quando “vereadores citaram fatos graves como: existência de uma máfia na pasta, roubo (furto) de óleo diesel, que são crimes inadmissíveis em um órgão público”, afirmam. Os servidores disseram também que as denúncias deveriam vir acompanhadas de provas. “O cargo de vereador não lhes dá o direito de sair por aí difamando a índole de pessoas trabalhadoras, que deixam seus lares todos os dias para trabalhar em prol do município enfrentando dificuldades diárias”, afirmam no texto enviado à Casa de Leis.
Ao final do oficio os servidores ainda pedem que seja criada uma Comissão para que os fatos citados na sessão ordinária sejam esclarecidos. “Solicitamos dos vereadores do bom senso que criem uma Comissão para que os fatos sejam esclarecidos, evitando assim pairar duvidas sobre a índole de nossos servidores, e caso existe um responsável, a identificação do mesmo bem como a penalidade cabível”, cobram os servidores.
Relembre o caso – A sessão ordinária de terça feira, 23, foi marcada por uma polêmica gerada após um pronunciamento da vereadora Elisa Gomes, que afirmou que havia na prefeitura “ladrões que estão roubando os combustíveis de nossos alunos, da escola”.
Após o pronunciamento de Elisa, o presidente da Casa, vereador Emerson Machado, foi à Tribuna e desafiou a vereadora a apresentar os nomes dos ladrões, afirmando que é preciso identificar quem esteja fazendo algo errado na administração e até levar à cadeia quem estiver de fato fazendo desvio de combustíveis. “Isso é grave, é uma denuncia muito séria”, afirmou, pedindo à vereadora que apresentasse na sessão seguinte, ontem, “o nome dos ladrões”.
Para a imprensa, após a sessão, a vereadora Elisa Gomes Machado voltou atrás e negou que tivesse apontado que há ladrões na prefeitura, preferindo contemporizar, “eu disse, quando falta o recurso lá para nossas crianças, está sendo roubado das nossas crianças o direito de estudar, como está sendo roubado da nossa população, quando o recurso não chega lá”, ponderou.
No entanto, pela reação dos servidores, a atitude da vereadora em voltar atrás do que disse em Tribuna não soou bem. O pedido de criação de uma Comissão para averiguar as denuncias de Elisa deverá ser analisado pela presidência.
