Com os equipamentos amontoados dentro de um barracão na sede da associação do setor Vila Rural, a farinheira viabilizada para os pequenos produtores rurais que deveriam estar sendo beneficiados, nunca funcionou. A situação é de abandono. Os equipamentos comprados com recursos públicos há mais de três anos eram para estar gerando renda aos chacareiros, mas a bem da verdade não está, e os pequenos produtores estão tendo prejuízos porque plantaram a mandioca, mas não conseguem comercializar em sua totalidade.
Somente no ano passado, a associação Vila Ruralperdeu cerca de 70 mil pés de mandioca e para esse ano a expectativa é de que 300 mil pés irão para o lixo por não haver como produzir a farinha e não ter mercado para a mandioca in-natura.
Segundo o secretário de Agricultura de Alta Floresta, Éden Silva, os recursos investidos nos equipamentos da farinheira foi viabilizado pelo Estado, e não houve a entrega oficial por parte da SEDRAF – Secretária de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf). Ele relata que simplesmente construíram uma estrutura no local, mas não chegaram a concluir a obra. “Tanto é que construíram uma vez, veio à fiscalização encontrou irregularidades no projeto, readequaram, mas não finalizaram e os equipamentos ficaram lá amontoados”, disse Éden Silva.
De acordo com ele, desde o início deste ano, a secretária de Agricultura vem cobrando juntamente com o presidente da associação Vila Rural, que a Sedraf execute a conclusão do projeto da farinheira. “Já estivemos em Cuiabá e, segundo o secretário da Sedraf este problema aconteceu em todos os lugares que tentaram colocar as farinheiras, mas que está tentando resolver os problemas para que os produtores possam ser atendidos com o empreendimento”, relata o secretário Éden Silva, que lamentou a situação da estrutura da farinheiro no setor Vila Rural. “Infelizmente nós estamos de mãos atadas porque não depende da secretaria de Agricultura de Alta Floresta, mas tenho conhecimento que o prefeito Asiel Bezerra também está preocupadoe tem feito cobranças junto ao Estado para que este empreendimento seja entregue a comunidade”, concluiu o secretário.
Alex Cordeiro